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    Caixa-preta mostra que copiloto da Germanwings acelerou avião na queda

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/04/2015 08h25

    A agência de investigação aérea da França informou nesta sexta-feira (3) que os dados da segunda caixa-preta do Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes em 24 de março confirmam a ação deliberada do copiloto Andreas Lubitz, 27.

    A Promotoria do país afirma que Lubitz derrubou de propósito a aeronave, que seguia de Barcelona para Düsseldorf com 150 pessoas a bordo. Todos os passageiros e tripulantes morreram na queda.

    Segundo o Escritório de Investigações e Análises pela Segurança da Aviação Civil (BEA, sigla em francês), a primeira análise da caixa-preta de dados mostra que o copiloto usou o piloto automático para baixar o avião de 38 mil pés para 100 pés.

    Enquanto o avião perdia altitude, Lubitz ajustou diversas vezes o aparelho para aumentar a velocidade da aeronave. Os dados da caixa-preta encontrada na quinta (2) confirmam as informações obtidas nas gravações de voz do Airbus A320.

    A partir do áudio, revelado na semana passada, os investigadores determinaram que o piloto trancou a porta da cabine assim que o piloto titular foi ao banheiro. Em seguida, iniciou a operação de descida que levou à tragédia.

    A agência francesa informou que os técnicos continuarão a fazer análises dos dados do avião para incluí-los no inquérito sobre a queda, que também usará informações da primeira caixa-preta encontrada e de informações recolhidas no local da queda.

    Editoria de arte/Folhapress
    Piloto teve intenção de derrubar avião

    PESQUISA

    Na quinta (2), a Promotoria de Düsseldorf, que investiga as circunstâncias que levaram Lubitz a derrubar o avião, afirmou que o copiloto pesquisou na internet sobre formas de suicídio e mecanismos de segurança de portas de cabines de aeronaves.

    Segundo os investigadores, as buscas foram feitas entre 16 e 23 de março, véspera da queda do Airbus A320 da Germanwings. Nos últimos anos, o copiloto fez tratamento pelo menos uma vez contra a depressão.

    Devido à terapia médica, ele se afastou em 2009 : do curso de pilotos da Lufthansa, dona da Germanwings, o que foi confirmado pela empresa na última terça (31).

    Os investigadores alemães afirmam que Lubitz teria jogado o avião nos Alpes após ser diagnosticado com problemas médicos que o impediriam de voar por um longo tempo.

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