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    Venezuela não é ameaça à segurança, dizem EUA antes de cúpula no Panamá

    DE SÃO PAULO

    07/04/2015 18h05

    A Venezuela não constitui uma ameaça para os EUA, admitiu nesta terça-feira (7) uma autoridade americana, a poucos dias de um possível encontro entre os presidentes Barack Obama e Nicolás Maduro na Cúpula das Américas, no Panamá.

    "Os EUA não acreditam que a Venezuela represente uma ameaça para a sua segurança", declarou Benjamin Rhodes, membro do Conselho de Segurança Nacional (CSN), em referência à ordem executiva assinada por Obama em março, aplicando sanções contra políticos venezuelanos.

    Alejandro Bolívar/Efe
    Homem trabalha em preparativos para a 7ª Cúpula das Américas, no Panamá
    Homem trabalha em preparativos para a 7ª Cúpula das Américas, no Panamá

    Esse decreto presidencial justificava as sanções por considerar que a situação na Venezuela era uma "ameaça extraordinária" à segurança americana, mas, de acordo com Rhodes, essa afirmação não passa de uma fórmula burocrática.

    "A linguagem que chamou atenção é pró-forma", assegurou Rhodes. "Temos um marco legal para formular esse tipo de ordem executiva", acrescentou.

    Ricardo Zúñiga, responsável para América Latina do CSN, afirmou por sua vez que a Casa Branca não possui "nenhum programa hostil" em relação à Venezuela.

    "Estamos interessados no sucesso da Venezuela, em sua prosperidade, sua segurança, estabilidade e democracia. Nós somos o principal parceiro comercial da Venezuela", insistiu Zúñiga.

    Dada a possibilidade de a questão das sanções contra a Venezuela e a linguagem agressiva adotada para justificar a medida serem o foco das discussões na Cúpula das Américas, Zúñiga disse que a Casa Branca espera um "evento correto".

    "Achamos que a Cúpula deve ser um momento para haver uma troca civilizada com todos os líderes das Américas; não temos nenhuma preocupação em falar com qualquer participante da cúpula", indicou.

    De acordo com Zúñiga, o Panamá investiu pesadamente em uma cúpula para que os países possam "falar seriamente sobre as questões que nos unem e os temas que nos dividem".

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