O Vaticano recusou a indicação de Laurent Stéfanini, 55, chefe do cerimonial do Palácio do Eliseu e homossexual assumido, como embaixador da França na Santa Sé, segundo relatos de jornais franceses como "Le Monde" e "Libération" nesta quinta (9).
Stéfanini, que é católico e já foi o número dois da embaixada francesa no Vaticano de 2001 a 2005, havia sido indicado pelo presidente François Hollande em janeiro para suceder Bruno Joubert.
Desde que Joubert assumiu um cargo no Tribunal de Contas da França, no início de março, a chefia da representação diplomática na Santa Sé está vaga.
Para a mídia francesa, o silêncio do Vaticano sobre a indicação –que já dura três meses– é um claro sinal de recusa a Stéfanini.
Segundo o site noticioso "JDD", Hollande se dispõe a indicar um novo nome para o cargo para manter as boas relações com o Vaticano.
A notícia é a mais recente controvérsia envolvendo a Igreja Católica e homossexuais desde que o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio tornou-se papa com o nome de Francisco, em março de 2013.
Em outubro do ano passado, o Vaticano voltou atrás de um documento preliminar do Sínodo dos Bispos que defendia a maior aceitação de gays pela igreja. No mês seguinte, excomungou um ex-padre de Bauru (SP) que defendia o casamento entre homossexuais e entre divorciados.