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    China diz que ilhas artificiais em área disputada poderão ter papel militar

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/04/2015 08h42

    A China revelou nesta quinta-feira (9) que as ilhas que o país está criando no mar do Sul da China poderão ser usadas para a defesa militar, além de servirem para projetos civis que iriam ainda beneficiar outros países.

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que os trabalhos que estão sendo feitos sobre sete arrecifes no arquipélago de Spratly desde o ano passado são necessários, em parte, por causa do risco de tufões em uma área de intenso tráfego naval que fica muito longe de terra firme.

    "Estamos construindo abrigos, estruturas de auxílio à navegação, de busca e de salvamento, bem como serviços de previsão meteorológica", disse Hua Chunying.

    Sem oferecer mais detalhes, a porta-voz chinesa disse que "as ilhas e os recifes também poderão atender às demandas para a defesa militar da China".

    É raro a China dar detalhes sobre os planos para as ilhas artificiais.

    Mas a rápida recuperação que o país está fazendo nos arrecifes alarmou países da região e gerou críticas dos EUA, inclusive do secretário de Defesa, Ashton Carter, que está em visita ao Japão e à Coreia do Sul nesta semana.

    Segundo a porta-voz das Relações Exteriores, a construção "está inteiramente dentro do âmbito da soberania da China. É justa, razoável, legal e não afeta nem é direcionada contra nenhum país. Ela é irrepreensível".

    A China reivindica grande parte do mar do Sul da China, pelo qual passam anualmente cerca de US$ 5 trilhões em mercadorias.

    As Filipinas, o Vietnã, a Malásia, Brunei e Taiwan também têm reivindicações sobre a região.

    À exceção de Brunei, todos esses países fortaleceram suas bases em Spratly, que se encontra a cerca de 1.300 km da China continental.

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