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    Justiça egípcia confirma pena de morte para líder da Irmandade Muçulmana

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/04/2015 07h41

    Um tribunal do Egito confirmou neste sábado (11) a pena de morte para o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, e outros 13 dirigentes do grupo, acusados de enfrentar autoridades e por incitar o caos no país.

    O tribunal, que já tinha determinado a condenação no último dia 16 de março, confirmou a sentença de morte por enforcamento depois de o caso ser remetido ao mufti Shauqi Alam, a máxima autoridade religiosa do Egito —ele deveria oferecer seu parecer não vinculativo de acordo com a sharia (lei islâmica).

    Além do líder do grupo, foram condenados também outros integrantes do alto escalão da Irmandade Muçulmana como Mohammed Gazlan, Mustafa al Ganini e Saad al Hosseini.

    Todos são acusados de comandar operações para enfrentar as autoridades locais e propagar o caos depois do desmantelamento dos acampamentos de protestos nas praças de Rabaa al Adauiya e Al Nahda, no Cairo, em agosto de 2013.

    Badia, assim como outros dirigentes da Irmandade Muçulmana, já tinha sido condenado à morte em outros processos por instigar a violência e ter envolvimento nos distúrbios ocorridos no país.

    Os 14 citados fazem parte de um total de 37 processados neste caso. Os demais réus foram condenados à prisão perpétua, segundo indicou a agência estatal "Mena".

    Centenas de pessoas foram condenadas à morte no último ano no Egito em grandes julgamentos. As condenações, porém, foram criticadas pelas organizações de direitos humanos por não respeitarem os princípios de um protesto justo e pela gravidade das penas, entre outros motivos.

    Alguns dos casos mais polêmicos ocorreram na cidade de Al Minia, ao sul do Cairo, onde centenas de islamitas foram sentenciados à pena capital, entre eles Badia, em poucos meses.

    Nenhuma dessas penas tinha sido aplicada até 7 de março, quando um islamita foi executado na forca após ser condenado por assassinato durante os protestos pela derrubada do presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013.

    Desde o golpe militar contra Mursi, líder da Irmandade Muçulmana, as autoridades perseguiram os simpatizantes, integrantes e líderes do grupo, declarado posteriormente como organização terrorista.

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