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    Filho da presidente do Chile depõe em caso de tráfico de influência

    DE BUENOS AIRES

    13/04/2015 20h24

    O filho da presidente chilena Michelle Bachelet, Sebastián Dávalos, prestou depoimento nesta segunda (13) sobre o caso em que é investigado por suposto tráfico de influência.

    Ele chegou para depor em Rancagua, a 80 km da capital chilena, Santiago, num carro oficial da Promotoria, segundo informações da CNN Chile, com motorista e dois seguranças que também seriam funcionários do governo.

    A informação provocou a ira de chilenos, que protestaram nas redes sociais. Dávalos deixou o edifício cerca de quatro horas depois, sob gritos de "sem-vergonha".

    Martin Bernetti/AFP
    O filho de Bachelet, Sebastián Dávalos, deixa o prédio da Promotoria em Rancagua (a 80 km de Santiago) após depor
    O filho de Bachelet, Sebastián Dávalos, deixa o prédio da Promotoria em Rancagua (Chile) após depor

    O filho da presidente é acusado de ter facilitado um empréstimo do Banco do Chile para a empresa de sua mulher, Natália Compagnon, no valor aproximado de R$ 30 milhões. Com esse dinheiro, ela teria comprado imóveis e os revendido em seguida por um preço mais alto.

    A investigação afirma que Dávalos participou de uma reunião com um alto executivo do Banco do Chile junto com a mulher dois dias antes da eleição de Bachelet, em dezembro de 2013. O empréstimo foi autorizado no dia seguinte à vitória da atual presidente.

    Ele e a mulher negam que tenham usado a influência familiar para obter o dinheiro.

    Natalia Compagnon depôs na semana passada e também foi hostilizada na porta da Promotoria. Mas não contou com o mesmo esquema de segurança e foi agredida com bandeiradas por militantes que protestavam no local.

    Em entrevista que foi ao ar na TV estatal chilena no domingo à noite, Bachelet afirmou que está abalada com o caso.

    "Tem sido duro como mulher, como mãe e como presidente", disse ela.

    Bachelet voltou a afirmar que não teve conhecimento do negócio e manifestou insatisfação com uma operação que classificou de especulação imobiliária.

    "Sou uma pessoa honesta, sou a mesma pessoa de sempre. Nunca me aproveitei do cargo com outras intenções", afirmou.

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