A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) anunciou nesta terça-feira (14) que um de seus maiores ideólogos, o clérigo Ibrahim al-Rubaish, foi morto na segunda-feira (13) em um ataque de drone lançado, supostamente, pelos Estados Unidos.
Rubaish, que acusou em janeiro a França de superar os EUA como o maior inimigo do islã, foi morto com outros insurgentes em "uma operação dos cruzados", informou o comunicado da rede terrorista.
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Clérigo Ibrahim al-Rubaish, ligado à Al Qaeda, em foto divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA |
O comunicado se referia aparentemente ao ataque de um drone que matou seis pessoas no sudeste do Iêmen.
Os Estados Unidos, que consideram a AQPA como o braço mais perigoso da rede extremista sunita, são o único país que usa drones no Iêmen.
Rubaish, um saudita da província ultraconservadora de Casim, "dedicou duas décadas de sua vida à jihad, combatendo os Estados Unidos e seus agentes", indicou a AQPA na nota.
O clérigo lutou no Afeganistão e esteve detido na prisão militar americana de Guantánamo, em Cuba, por muitos anos. Após ser solto, ele se uniu à AQPA.
Os jihadistas da AQPA estão bem implantados no sul do Iêmen, onde souberam aproveitar o caos provocado pela guerra entre milicianos xiitas houthis e os partidários do presidente Abdo Rabo Mansur Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita.
A Arábia Saudita lidera uma coalizão árabe que lançou no dia 26 de março uma campanha de bombardeios para deter o avanço dos houthis, que conquistaram extensas zonas do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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