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    Obama pede retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo

    DE SÃO PAULO

    14/04/2015 16h25

    A Casa Branca informou nesta terça-feira (14) que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou ao Congresso os documentos necessários para pedir a retirada de Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

    A decisão é tomada em meio à retomada das relações entre os dois países, iniciada em dezembro. No sábado (11), Obama e o ditador cubano, Raúl Castro, fizeram o primeiro encontro entre mandatários dos países em mais de 50 anos.

    MANDEL NGAN - 11.abr.2015/AFP
    Presidente dos EUA, Barack Obama (dir.), cumprimenta o ditador de Cuba, Raúl Castro, em cúpula
    Presidente dos EUA, Barack Obama (dir.), cumprimenta o ditador de Cuba, Raúl Castro, em cúpula

    Segundo membros do governo, o presidente aprovou a recomendação de retirada feita pelo Departamento de Estado, em que Cuba é bem avaliada por não ter registros de apoio ao terrorismo em seis meses e garantias de que não o fará no futuro.

    O pedido será enviado ao Congresso americano, que terá 45 dias para revisar os informes e as certificações do Executivo e dará o aval final à exclusão da ilha comunista da lista de apoiadores do terrorismo.

    A questão é encarada como um dos principais impedimentos para a continuidade da retomada das relações. A presença na lista impedia a reabertura das embaixadas americana em Havana e cubana em Washington.

    A medida, no entanto, deverá encontrar resistência dos adversários republicanos. Antes do anúncio da Casa Branca, a deputada Ileana Ros-Lehtinen, da Flórida, chamou a decisão de "nada mais que um erro judicial com motivações políticas".

    "Obama está tão desesperado para abrir uma embaixada em Havana a qualquer custo que deseja conceder à demanda de Raúl Castro. Esta ação anima o regime cubano e mina a segurança nacional americana".

    Cuba estava na lista desde 1982, devido ao apoio a guerrilhas na América Latina. Nos últimos anos, o governo americano não cogitava a retirada pelo apoio às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ao grupo separatista basco ETA.

    Editoria de Arte/Folhapress

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