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    Após ataque, presidente da Colômbia ordena volta de bombardeios às Farc

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/04/2015 16h19

    O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ordenou nesta quarta-feira (15) a retomada dos bombardeios às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), depois que a guerrilha fez um ataque que matou 11 militares no interior do país.

    O ataque, ocorrido na noite de terça (14) na localidade de Timba, no departamento de Cauca, pôs fim ao cessar-fogo unilateral da guerrilha e pode prejudicar as negociações de paz com o governo colombiano, iniciadas em 2012.

    Em discurso na base aérea de Cáli, o presidente disse que, com os ataques, a guerrilha não vai conseguir pressioná-lo a aceitar o cessar-fogo bilateral, que é exigido pelas Farc desde o início do diálogo em Cuba.

    Juan Pablo Rueda/AFP
    Soldados colombianos carregam corpos de colegas de tropa que foram mortos em ataque das Farc
    Soldados colombianos carregam corpos de colegas de tropa que foram mortos em ataque das Farc

    "Aos autores deste fato infame, vamos persegui-los. A vocês, comandantes [militares], ordenei todas as medidas necessárias para proteger a população civil e as tropas", disse.

    "Expressamos nossa mais profunda solidariedade aos parentes dos soldados que deram a vida na defesa da pátria. O incidente foi produto de um ataque deliberado e viola a promessa da trégua unilateral".

    Nesta quarta, o Exército elevou para 11 o número de mortos na ação. De acordo com o comandante da Terceira Divisão, Mario Valencia, os soldados foram atacados com explosivos, granadas e armas de fogo pela coluna Miller Perdomo das Farc.

    FARC

    O ataque não foi reivindicado pela guerrilha, mas um dos negociadores de paz, Félix Antonio Muñoz Lascarro, conhecido como Pastor Alape, disse que a ação se deve "à incoerência do governo que faz operações militares contra uma guerrilha em trégua".

    "O cessar-fogo bilateral é urgente. Seja emboscada, contraemboscada, atentado...o que importa é que há colombianos mortos, isso é o que temos que parar. Isso não se explica em meio a um processo de paz, a um cessar-fogo unilateral."

    Não é a primeira vez que os militares são atacados nas proximidades de Timba neste ano. Em 20 de março, um soldado morreu e três ficaram feridos em um campo minado no vilarejo de Patio Bonito.

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