Nova perícia no apartamento do promotor argentino Alberto Nisman, morto há mais de três meses, revelou novidades na investigação.

Segundo informações vazadas nesta sexta (24) pelo site DyN, os peritos concluíram que o disparo foi realizado com a porta do banheiro fechada.

Nisman foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, no dia 18 de janeiro, no banheiro de seu apartamento. O promotor acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados políticos de tentarem encobrir suspeitos iranianos do atentado à entidade judaica Amia, ocorrido há 21 anos em Buenos Aires. Na ocasião, 85 pessoas morreram.

	Marcos Brindicci - 29.mai.2013/Reuters
	O promotor argentino Alberto Nisman, encontrado morto após denunciar Cristina Kirchner

A nova perícia teve a participação de técnicos da Promotoria e também da parte demandante, representada pela ex-mulher de Nisman, Sandra Arroyo Salgado.

Os peritos voltaram a usar luminol para detectar eventuais marcas de sangue lavadas e, segundo informações do DyN, não detectaram manchas na pia do banheiro. A informação contradiz laudo apresentado por Arroyo Salgado, que sustenta ter encontrado vestígios de sangue na torneira e na pia do banheiro.

A nova inspeção do local ocorreu no fim da tarde desta quinta (23), durou mais de cinco horas e teve a presença da promotora responsável pelo caso, Viviana Fein, e de Arroyo Salgado.

Nos próximos dias, serão formadas uma junta médica e outra criminalística para avaliar o resultado das perícias e chegar a uma conclusão sobre as divergências que apareceram no caso.

Perícia paralela conduzida por técnicos da ex-mulher de Nisman apontou informações que não haviam sido constatadas pelos peritos oficiais.

As principais diferenças são: a hora da morte do promotor (a investigação oficial fala em domingo e a paralela em sábado) e a posição do corpo – para os peritos de Arroyo Salgado, Nisman foi movido de lugar após a sua morte.