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    Estamos preparados para retirada a qualquer momento', diz brasileira

    GALENO LIMA
    VINÍCIUS PEREIRA
    DE SÃO PAULO

    25/04/2015 16h45

    Ana Wanke/Reprodução
    Ana Wanke, brasileira líder de uma equipe de turistas que voltavam de trekking na montanha Annapurna, no Himalaia, durante o terremoto que atingiu o Nepal neste sábado (25)
    Pousada próxima à vila de Landruk, que havia sido reservada por brasileiros e foi atingida pelos abalos

    "Estamos nos quartos preparados para uma retirada a qualquer momento. Temos nosso passaporte, dinheiro e lanternas junto ao corpo. Operação de guerra mesmo", relata a engenheira Ana Paula Wanke, 45.

    Ela e o guia Maximo Kausch lideram um grupo de 20 brasileiros que estavam voltando de um trekking no campo base do monte Annapurna, a cerca de 180 km de Katmandu, capital e área mais afetada pelo terremoto de magnitude 7.8 que atingiu o Nepal.

    "Tivemos que mudar de pousada porque a que havíamos reservado teve avarias, paredes caíram. Não estamos nos sentindo seguros", relata Ana Wanke, que está no oitavo dia de expedição. Depois de ter passado por uma forte nevasca há dois dias, o grupo passa a noite próximo a vila de Landruk, de onde deve partir neste domingo (26).

    Segundo Maximo Kausch, no momento do terremoto, eles estavam em uma pousada em Chhomrong almoçando quando sentiram o tremor e saíram rapidamente do local. Ninguém se feriu.

    Ana Wanke/Reprodução
    Os grupo de 20 brasileiros voltava de um trekking no campo base do monte Annapurna
    Os 20 brasileiros que voltavam de um trekking no campo-base do monte Annapurna, no Nepal

    "No momento treme muito, a gente sentiu um pouco mais leve porque estamos um pouco fora do epicentro, mas observamos muitas avalanches de pedras na região e árvores caindo", afirmou Kausch.

    "Sentimos o terremoto e vimos deslizamentos ao redor", disse Ana Wanke. "Ainda não temos a dimensão da catástrofe, pois aqui apenas desabaram algumas paredes, sem deixar feridos."

    De acordo com o guia, o grupo está assustado, já que eles não sabem exatamente quais as condições das cidades próximas.

    "Vai ser difícil ir para Katmandu e dizem que o aeroporto está fechado. Mas sabemos que a embaixada brasileira está ajudando, então se precisarmos de qualquer coisa, iremos procurá-los", disse Kausch por telefone à Folha.

    O grupo deve seguir caminho para uma estrada para pegar um ônibus que os levará para Pokhara.

    Ana Paula Wanke/Facebook

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