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    Prefeito de Caracas preso é operado com sucesso em clínica

    DA EFE

    27/04/2015 00h08

    O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, detido no dia 19 de fevereiro acusado de conspiração contra o presidente Nicolás Maduro, passou neste domingo (26) por cirurgia de hérnia inguinal.

    "Seu estado de saúde é ótimo, só foi preciso fazer o que estava planejado: colocar uma malha", informou o cirurgião José Elias Mora, que operou o prefeito em uma clínica particular de Caracas.

    Miguel Gutierrez - 13.fev.2015/Efe
    Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, dá coletiva com ex-deputada María Corina Machado em fevereiro
    Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, dá coletiva com ex-deputada María Corina Machado em fevereiro

    O médico explicou que Ledezma foi submetido a uma intervenção idêntica em maio de 2014: "trata-se de uma hérnia reproduzida, que acontece em grande porcentagem, não é incomum", ressaltou.

    Mora espera que o prefeito tenha alta em dois ou três dias e recomenda que em seguida ele seja enviado para casa, porque "na cadeia não há condições para evitar uma infecção", segundo ele.

    Horas antes de Ledezma ser transferido da prisão Ramo Verde, próxima a Caracas, para a clínica, onde seria operado inicialmente nesta segunda-feira (27), o Ministério Público solicitou ao tribunal que deliberasse uma "medida cautelar de substituição de liberdade".

    Após a operação, Ledezma permaneceria "sob prisão domiciliar para garantir sua recuperação", diz o pedido.

    Sem deixar claro se acatou o pedido ou não, o Tribunal de Justiça informou em comunicado que o traslado de Ledezma ao centro médico foi "acatado de acordo com o código penal no que diz respeito a presos com condições hospitalares".

    O opositor Ledezma foi acusado de conspiração contra o governo por supostamente apoiar um grupo que planejava "desestabilizar o país" com ações terroristas.

    As acusações se devem ao vínculo de Ledezma com os venezuelanos Lorent Gómez Saleh e Gabriel Valle, expulsos da Colômbia em 2014 por suposta participação em "planos conspiratórios".

    Ledezma estava até ontem na mesma cadeia onde está o líder da oposição Leopoldo López, acusado de incentivar os violentos protestos estudantis de 2014.

    As detenções de Ledezma e López geraram repúdio de vários governos e ONGs internacionais. Especula-se que a Venezuela conceda prisão domiciliar a Ledezma para tentar aliviar a pressão.

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