O ditador norte-coreano Kim Jong Um ordenou a execução de 15 membros do alto escalão de seu governo desde o início do ano, afirmou nesta quarta-feira (29) o serviço secreto da Coreia do Sul a parlamentares.

Entre os representantes mortos estaria o vice-ministro para Florestas, Rim Eob-sung, condenado à pena de morte em janeiro após se queixar do plano de reflorestamento do país.

Em fevereiro, Kim teria ordenado a morte de um vice-presidente da Comissão de Planejamento do Estado por divergências quanto ao projeto de um grande edifício na capital, Pyongyang.

	18.abr.2015/AFP
	Líder norte-coreano Kim Jong-Un (de preto) saúda pilotos das Forças Armadas

"Quando há discordância, Kim Jong-un considera como um desafio a sua autoridade. Por isso ele executou os 15 membros do alto escalão de seu governo. Para dar exemplo", afirmou o deputado dul-coreano Shin Kyeong-min, que se reuniu com o serviço secreto.

"Ele controla estritamente os oficiais do Exército dando uma série de ordens urgentes. Se elas não forem cumpridas, ele os rebaixa de patente e, mais tarde, os exclui das Forças Armadas", completou o parlamentar.

Desde assumir a liderança da Coreia do Norte, em 2011, Kim demitiu militares de alta patente. Em 2013, ordenou a execução de seu tio, Jang Song Thaek, por traição -ele já havia sido considerado o segundo homem mais poderoso do país.

O serviço secreto apontou ainda que Kim deve ir a Moscou em 9 de maio para participar de uma comemoração dos 70 anos da derrota dos nazistas na Segunda Guerra.

Não há confirmações de Pyongyang sobre a visita, que seria a primeira viagem de Kim ao exterior desde que assumiu o poder.

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, assim como diversos líderes ocidentais, recusou o convite de Moscou para a cerimônia, em sinal de protesto contra a atuação da Rússia no conflito no Leste da Ucrânia.