A revista britânica "The Economist" declarou, em sua nova edição, apoio à reeleição de David Cameron no Reino Unido.

No editorial, a publicação diz que "apesar do risco na Europa, a coalizão liderada por Cameron deve ter um segundo mandato".

"Nossa lealdade não é a uma tribo política, mas aos valores liberais que têm nos guiado por 172 anos. Acreditamos no centro radical: livre mercado, um Estado limitado e uma sociedade aberta e meritocrática", diz a "Economist".

Segundo a revista, esses valores levaram a publicação a apoiar o trabalhista Tony Blair em 2001 e 2005 e, em 2010, David Cameron, o líder dos conservadores, "vendo nele uma vontade de confrontar um profundo deficit e um Estado em permanente expansão".

"Cinco anos depois, a escolha se tornou mais difícil. A eurofobia dos conservadores, que lamentamos na última vez, agora poderia trazer graves danos. Uma saída da União Europeia seria um desastre, tanto para o Reino Unido como para a Europa", diz o texto, afirmando que trabalhistas e liberais-democratas são melhores neste quesito.

A "Economist", no entanto, aponta pontos que contam a favor da coalizão de Cameron, como o fato de o premiê ter cortado o deficit de forma pragmática (e sem aumentar a desigualdade) e mantido uma boa qualidade dos serviços públicos.

"Nossa decisão teve como base a economia, onde a coalizão entre Consevadores e Liberais-Democratas tem um desempenho muito melhor do que muitos percebem e onde os Trabalhistas representam um grande risco", diz o texto.