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    Copiloto da Germanwings ensaiou queda no voo de ida, diz relatório

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/05/2015 05h59

    Andreas Lubitz, copiloto alemão que derrubou em março um avião da Germanwings com 150 pessoas a bordo na região dos Alpes franceses, ensaiou a queda da aeronave no voo de ida da aeronave, conforme relatório das autoridades aéreas francesas divulgado nesta quarta-feira (6).

    O documento, que avalia os dados da segunda caixa-preta da aeronave, foi divulgado pela agência de investigação de acidentes aéreos da França (BEA) e colocado à disposição da Justiça.

    No mesmo dia do acidente, 24 de março, Andreas Lubitz teria feito no voo de ida, entre Düsseldorf e Barcelona, várias descidas controladas do avião sem nenhuma justificativa durante os cinco minutos em que o piloto estava fora do cockpit.

    Nesse curto período de tempo, Lubitz teria ordenado diversas vezes que o piloto automático descesse a aeronave até a altitude de cem pés. Em dado instante, o copiloto teria programado, ainda, que o avião subisse até a altitude máxima de 49 mil pés.

    No momento em que o piloto retornou para o cockpit, a altitude selecionada por Lubitz já havia se normalizado.

    A manobra foi realizada na etapa de aterrissagem e, por isso, seu efeito teria passado despercebido pelos controladores de voo.

    Suspeita-se que Lubitz quisesse testar os mecanismos de controle da aeronave para ensaiar a derrubada do avião. No entanto, as autoridades não descartam que a manobra não tenha sido somente um ensaio, mas sim uma primeira tentativa de derrubar o avião.

    Editoria de Arte/Folhapress
    CINCO MINUTOS ENTRE Düsseldorf-BarcelonaCopiloto ensaiou descida abrupta no voo de ida

    O novo documento aponta que o suicídio de Lubitz teria sido planejado com antecedência, descartando a possibilidade de ter sido provocado por uma crise momentânea. O copiloto já havia tido episódios de depressão em anos anteriores e teria tendências suicidas, segundo as autoridades.

    No voo da volta, Lubitz trancou-se no cockpit do Airbus A320 e jogou a aeronave contra os Alpes sem que ninguém pudesse impedi-lo, matando outras 149 pessoas na queda.

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