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    Gestão de Cameron ficará marcada por austeridade e isolamento britânico

    LEANDRO COLON
    DE LONDRES

    07/05/2015 03h06

    Os cinco anos de David Cameron como primeiro-ministro foram marcados pela rígida austeridade nas contas públicas e o distanciamento das lideranças europeias.

    O premiê encerra o mandato com números positivos: o maior crescimento na Europa em 2014, 2,8%, uma taxa de desemprego de apenas 5,5% (ante 8% em 2010) e inflação zero. Ele diz ter cortado £ 100 bilhões em cinco anos e promete economizar mais £ 30 bilhões até 2019.

    O preço político foi alto: uma parcela da população, estimulada pelo Partido Trabalhista, contesta as medidas por terem atingindo os serviços públicos e supostamente elevado o custo de vida.

    Dan Kitwood - 4.mai.2015/AFP
    David Cameron fala a eleitores em escola em Bath, no sul da Inglaterra
    O premiê britânico, David Cameron, fala a eleitores em escola em Bath, no sul da Inglaterra

    Cameron nunca foi fenômeno de popularidade. Quando completou um ano de governo, 49% diziam que ele estava "mal", e, para 46%, seu desempenho era "bom". A mais recente pesquisa, no fim de abril, aponta 47% para cada lado. Ou seja, o crescimento da economia não aumentou o apreço por seu governo.

    Em agosto de 2013, Cameron sofreu uma das maiores derrotas no Parlamento, ao ter negado o pedido de intervenção na Síria. A política externa, aliás, foi apagada.

    Ele se afastou das principais lideranças europeias, deixando o Reino Unido longe do protagonismo das decisões políticas do bloco, entre elas as negociações com a Rússia para a paz no conflito da Ucrânia, tarefa que ficou com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande.

    Soma-se a esse isolamento a sua promessa em realizar um plebiscito até 2017 sobre a permanência ou não do país na União Europeia, como forma de reagir a pressão dos britânicos em relação ao livre trânsito de imigrantes no bloco, sobretudo os do leste do continente.

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