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    Sistema britânico desconsidera total de votos recebidos por partidos

    DE SÃO PAULO
    DE LONDRES

    09/05/2015 01h57

    Pelo sistema usado na eleição parlamentar britânica, chamado de "first past the post" ("o primeiro leva a vaga", em tradução livre), o candidato mais votado em cada um dos 650 distritos em que o país é dividido ganha a cadeira no Parlamento, sem precisar obter maioria no distrito.

    Isso explica por que a sigla de extrema direita Ukip (Partido da Independência do Reino Unido) conseguiu eleger apenas um parlamentar, embora tenha recebido aproximadamente 12% da votação total (cerca de 2,5 milhões de votos).

    Segundo o jornal britânico "The Guardian", o Ukip ficou em segundo lugar em ao menos 90 dos 650 distritos. Seu principal nome, Nigel Farage, renunciou nesta sexta (8) à liderança do partido e defendeu uma reforma eleitoral.

    Outros países, como o Brasil, adotam o sistema proporcional na eleição para a Câmara. Nele, o número de votos válidos num Estado é dividido pelo total de vagas de deputado desse Estado, resultando num "quociente eleitoral".

    Esse quociente é o número mínimo de votos que o partido ou coligação deve obter para ter representante na Câmara. Se a coligação, por exemplo, atingiu cinco vezes o quociente eleitoral, elege seus cinco nomes mais votados.

    Assim, um candidato menos votado pode se eleger se houver um grande "puxador de votos" na sua coligação. Caso emblemático é o de Enéas Carneiro (1938-2007), eleito deputado federal por São Paulo com uma votação recorde em 2002 (1.537.642 votos).

    Com isso, Enéas levou para a Câmara outros cinco candidatos de sua sigla, o nanico Prona -um deles recebera apenas 275 votos.

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