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    Jornalista acusa EUA de mentir sobre operação que matou Bin Laden

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/05/2015 16h51

    O jornalista Seymour Hersh, 78, acusou a administração do presidente dos EUA, Barack Obama, de mentir sobre a operação que resultou na morte do terrorista Osama bin Laden, no Paquistão, em maio de 2011.

    Ganhador do Prêmio Pulitzer pela revelação do massacre de My Lai durante a Guerra do Vietnã, em 1968, Hersh publicou neste fim de semana na "London Review of Books" reportagem segundo a qual paquistaneses e americanos colaboraram na ação.

    Conforme o relato do jornalista, Bin Laden foi mantido prisioneiro secretamente pelo governo paquistanês, que teria ajudado os EUA a "encenar" a invasão à casa em Abbottabad onde o terrorista estava abrigado.

    Casa Branca - 2.mai.11/AFP
    Obama e outros integrantes do governo dos EUA são informados de operação que matou Bin Laden, em maio de 2011
    Obama e outros integrantes do governo dos EUA acompanham operação que matou Bin Laden, em 2011

    Desde a divulgação da morte de Bin Laden, em 2 de maio de 2011, a Casa Branca sustenta que se tratou de operação unilateral, sem o conhecimento do governo do Paquistão.

    O governo dos EUA chamou de "sem fundamento" e "completamente falso" o relato de Hersh. Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse nesta segunda-feira (11) que a reportagem é "repleta de imprecisões e informações totalmente falsas".

    O porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, Ned Price, afirmou à rede CNN que o texto tem "tantas alegações infundadas" que seria impossível verificar uma a uma.

    "Como dissemos na época, o conhecimento da operação ficou restrito a um círculo muito pequeno de altos funcionários do governo dos EUA. O Paquistão só foi notificado depois do ataque. O país é nosso parceiro na luta contra o terror, mas a ação foi toda dos EUA", disse Price.

    Hersh afirmou ter baseado seu texto em entrevistas com um general paquistanês aposentado, que trabalhava no serviço de inteligência do país asiático, e com uma série de fontes não reveladas nos EUA e no Paquistão.

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