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    Michelle Bachelet conclui reforma de gabinete para conter escândalos

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    12/05/2015 02h00

    A presidente do Chile, Michelle Bachelet, concluiu nesta segunda (11) a reforma de seu ministério, em mais uma tentativa de conter a crise de confiança provocada por escândalos de corrupção.

    Cinco dos 23 ministros deixaram o governo, inclusive o titular da Fazenda, Alberto Arenas. Ele será substituído pelo presidente do Banco do Estado, Rodrigo Valdés.

    É a primeira vez, desde a volta da democracia no Chile, que um ministro da Fazenda é destituído. Arenas estava sob forte crítica por falta de diálogo com o empresariado em um momento em que a economia cresce pouco.

    Sebastián Rodríguez - 28.abr.2015/Efe
    Michelle Bachelet durante café da manhã com jornalistas chilenos, em abril
    Michelle Bachelet durante café da manhã com jornalistas chilenos, em abril

    Chefe de gabinete de Bachelet e considerado seu braço direito no segundo mandato, Rodrigo Peñailillo é outro que sai. Seu nome foi envolvido no suposto esquema de doação ilegal a campanhas eleitorais. O caso atingiu políticos da oposição e da base aliada.

    Outros quatro ministros trocaram de pastas. O Partido Socialista, sigla da presidente, ficou com menos dois ministérios, divididos entre aliados da Democracia Cristã e do Partido Comunista.

    Bachelet passa pelo seu pior momento desde que chegou ao poder pela primeira vez, em 2006, e agora tem só 29% de popularidade.

    A onda de desconfiança foi provocada pelo envolvimento do filho dela em um suposto caso de tráfico de influência. Além disso, foram revelados esquemas de desvio de recursos que deveriam ser recolhidos em impostos para campanhas eleitorais.

    Nas últimas semanas, Bachelet lançou uma proposta de reforma política e da Constituição, herança da ditadura. Na quarta (6), anunciou a demissão de todo o gabinete, mas a troca foi menos abrangente do que o previsto.

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