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    Dilma afirma que Venezuela precisa resolver conflitos 'democraticamente'

    MARINA DIAS
    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    21/05/2015 14h54

    Durante visita do presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ao Brasil, nesta quinta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que os dois países se preocupam com a situação da Venezuela e acreditam que o governo e as forças políticas venezuelanas devem solucionar os conflitos "pacífica e democraticamente."

    "Coincidimos na preocupação da situação da Venezuela e na avaliação de que seu legítimo governo e as diferentes forças políticas venezuelanas devem buscar solucionar pacífica e democraticamente, no marco institucional do país, os conflitos, adversidades e desafios existentes", disse Dilma.

    A presidente afirmou ainda que o Mercosul "avançou com a incorporação da Venezuela" ao bloco, mas é preciso mais. "Não podemos nos acomodar".

    Segundo ela, a prioridade para este ano é fechar o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia para que o bloco de países da América do Sul possa "se adaptar às novas circunstâncias".

    Evaristo Sa/AFP
    O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, com Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto
    O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, com Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto

    "Vamos propor à União Europeia que definamos a data de apresentação simultânea de nossas ofertas comerciais", disse Dilma em seu discurso de pouco mais de dez minutos no Palácio do Planalto.

    "O acordo é um dos passos estratégicos na área do comércio internacional da região", completou.

    Entre os principais pontos que o governo brasileiro reivindica para o acordo comercial com a UE estão os setores de transporte, alimento, químico-farmacêutico, desenvolvimento e pesquisa.

    SEM ASSINATURA

    A presidente Dilma disse ainda que o Brasil é o principal destino das exportações uruguaias e seu segundo fornecedor estrangeiro.

    Para ela, o objetivo da visita é ampliar o fluxo comercial entre os países, que, no ano passado, ficou em US$ 4,8 bilhões.

    "Decidimos, ainda, conferir novo impulso à integração de cadeias produtivas a fim de aproveitar as sinergias existentes entre nossas indústrias, nos setores naval, automotivo e de produção de insumos para a geração de energia eólica", disse Dilma.

    O encontro, porém, não resultou em nenhuma assinatura oficial de acordo.

    Essa é a primeira visita de Vázquez ao Brasil desde que assumiu o governo do Uruguai, em março, no lugar de José Mujica.

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