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    Opositores ao governo venezuelano fazem greve de fome na prisão

    DA EFE

    24/05/2015 16h44

    O líder da oposição radical venezuelana, Leopoldo López, iniciou uma greve de fome para pedir ao governo do presidente Nicolás Maduro que determine uma data para realizar as eleições parlamentares e que liberte os presos políticos.

    López, mantido há 15 meses em uma prisão militar na região de Caracas, disse ter pedidos muito concretos para o protesto que fazem ele e o ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos.

    Greve de Fome

    Eles incluem a liberação dos que a oposição considera presos políticos, o fim da perseguição, da repressão e da censura e o estabelecimento de uma data para as eleições parlamentares que devem ser realizadas no último trimestre do ano.

    Além disso, López solicitou no vídeo que as eleições legislativas sejam observadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União Europeia (UE). O dirigente opositor gravou sua mensagem na cela, em um vídeo clandestino, e a divulgou no YouTube

    A mulher de Daniel Ceballos, Patricia Gutiérrez, afirmou neste domingo (24) que o marido faz desde a tarde de sexta-feira uma greve de fome e defendeu que este seria o motivo pelo qual o ex-prefeito de San Cristóbal foi transferido de prisão na madrugada de sábado.

    A informação foi publicada em seu perfil no Twitter.

    "Estamos na Penitenciária Geral da Venezuela e exigimos ver Daniel. Ele está em um colchão no chão com 40 horas de greve de fome", acrescentou Gutiérrez, que diz temer pela saúde e vida do marido.

    Neste sábado, o diretor da prisão de Ramo Verde, Horacio Miranda, afirmou ter solicitado a punição porque o detento cometeu uma falta "que poderia levar à alteração da ordem e da disciplina do estabelecimento". Ele pediu votos nas primárias opositoras, em que era um dos candidatos a deputado nacional por San Cristóbal.

    Ceballos está preso desde março de 2014, quando foi acusado pelo governo de incitação à violência nos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, que tiveram início em San Cristóbal, cidade da qual era prefeito.

    Desde que foi detido, ele estava em Ramo Verde, prisão que compartilhava com López, até que foi transferido. A decisão deixou descontentes sua defesa, a família e a coalizão opositora da qual faz parte do VP.

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