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    Banco da Flórida faz acordo com Cuba, facilitando reabertura de embaixadas

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    26/05/2015 12h57

    O Stonegate, um pequeno banco da Flórida, fechou acordo com o governo de Cuba para abrir uma conta que atenda os funcionários e diplomatas do regime comunista nos Estados Unidos.

    De acordo com o presidente do banco, Dave Seleski, o banco aceitou oferecer seus serviços aos cubanos após pedido do Departamento de Estado americano. O contrato era um dos entraves para a reabertura da embaixada cubana no país.

    Mandel Ngan -11.abr.2015/ AFP
    Raúl Castro (esq.) cumprimenta Barack Obama durante a Cúpula das AméricasUS President Barack Obama (R) shakes hands with Cuba's President Raul Castro during a meeting on the sidelines of the Summit of the Americas at the ATLAPA Convention center on April 11, 2015 in Panama City. AFP PHOTO/MANDEL NGAN ORG XMIT: MNN043
    Raúl Castro (esq.) cumprimenta Barack Obama durante a Cúpula das Américas

    "A adoção de serviços bancários facilitará a emissão de vistos de viagens e outras funções associadas a qualquer embaixada em Washington", afirmou Seleski em comunicado.

    "Nós esperamos que esse seja o passo inicial para normalizar as relações bancárias entre os dois países, o que vai beneficiar as companhias americanas que querem fazer negócios em Cuba, assim como o povo cubano", disse.

    Com sede em Pompano Beach, o banco tinha US$ 1,9 bilhão (R$ 5,7 bilhões) em depósitos ao final do primeiro trimestre deste ano. São 22 agências, a maioria espalhada pelo sul do Estado da Flórida —região com grande concentração de imigrantes cubanos.

    Na última quinta-feira (21), diplomatas de Cuba e Estados Unidos se reuniram para a quarta rodada de negociações sobre a reabertura das embaixadas, em Washington, mas ainda não chegaram a um acordo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em entrevista, as duas principais negociadoras se limitaram a destacar um "grande progresso" nas discussões, mas que não se trata de "tarefa fácil".

    Os cubanos querem impor várias restrições à locomoção dos diplomatas americanos em Cuba, que o Departamento de Estado não aceita.

    Do lado cubano, haveria pressão para se acabar com programas financiados pelo governo americano vistos como "desestabilizadores" pelos cubanos, como o de formação de jornalistas e palestras sobre direitos humanos.

    O governo de Cuba também exige a retirada do país da lista de nações patrocinadoras do terrorismo, em que foi colocado em 1982, para concluir as negociações com os EUA.

    O presidente americano, Barack Obama, já indicou a remoção de Cuba da lista — em que também estão Sudão, Irã e Síria —, em abril. Nesta quinta (28), termina o prazo para que o Congresso questione a decisão, o que não deve ocorrer.

    Os dois países anunciaram restabelecimento de relações diplomáticas em dezembro de 2014 e, segundo as principais pesquisas de opinião pública, a maioria dos americanos e dos cubanos aprovam a reaproximação.

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