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    FHC e ex-premiê espanhol vão esperar audiência de opositor para ir a Caracas

    ISABEL FLECK
    DE SÃO PAULO

    26/05/2015 19h27

    Em reunião em São Paulo na noite de segunda-feira (25), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González (1982-1996) decidiram não viajar a Caracas até que seja marcada uma nova audiência do caso do opositor preso Leopoldo López.

    Há pouco mais de uma semana, González se viu obrigado a adiar sua ida à Venezuela depois que a Justiça do país adiou -sem previsão de nova data- a audiência marcada para 21 de maio. Sua intenção era assistir à sessão na qualidade de assessor técnico da defesa do líder do partido Vontade Popular e ex-prefeito de Chacao, em Caracas.

    Segundo a Folha apurou, para FHC e González, uma visita agora a López e ao prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma -também detido-, poderia ser vista como uma afronta ao presidente Nicolás Maduro e resultar em algum tipo de retaliação aos opositores.

    A expectativa é que a viagem à Venezuela ocorra no meio de junho.

    Fabio Braga - 24.mar.2015/Folhapress
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi convidado por González para defender opositor em Caracas
    Fernando Henrique Cardoso, que foi convidado por González para defender opositor em Caracas

    Desde que anunciou sua intenção de ir a Caracas para apoiar os líderes opositores, González se tornou alvo de governistas na Venezuela.

    No fim de abril, o Parlamento declarou o ex-premiê persona non grata. Em tese, o status decretado pelo Legislativo não é vinculante, mas, neste caso, representa clara manifestação política de repúdio endossada pelo Executivo.

    O ex-presidente brasileiro, que foi convidado por González para integrar a defesa de López, também não escapou às críticas. À Folha, em abril, o Defensor do Povo da Venezuela, Tarek William Saab, espécie de ombudsman do país, disse que FHC "não tem moral para defender" os opositores presos.

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