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    Empresa russa diz que voo da Malásia foi derrubado por míssil ucraniano

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/06/2015 21h49

    O fabricante russo de sistemas de defesa aérea Almaz-Antei informou nesta terça (2) que o voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido no leste da Ucrânia no ano passado com 298 passageiros a bordo, foi provavelmente atingido por um míssil disparado a partir do lançador Buk-M1, fabricado até 1999 pela empresa, informou o diretor-geral do consórcio, Yan Novikov.

    Análise do dano à fuselagem do Boeing, derrubado em julho de 2014 em uma área controlada por separatistas pró-russos, "não deixa dúvidas de que, se o ataque foi perpetrado por um míssil terra-ar, só pode ser um míssil 9M38M1 lançado de um Buk-M1", disse Novikov.

    "Temos provas irrefutáveis de a Ucrânia dispõe desse tipo de míssil", informou o diretor-geral da Almaz-Antei.

    Dominique Faget - 18.jul.2014/AFP
    Destroços do voo MH17 da Malaysia Airline, que foi derrubado no leste ucraniano
    Destroços do voo MH17 da Malaysia Airline, que foi derrubado no leste ucraniano

    Segundo Novikov, o consórcio revisou em 2005, a pedido do governo ucraniano, o arsenal do país e descobriu que à época o Exército tinha 991 mísseis 9M38M1.

    Novikov se recusou, no entanto, a responder a que país pertencia míssil disparado contra o MH17, mas ressaltou que esse tipo de míssil saiu de produção em 1999, três anos antes de a maioria dos fabricantes russos de sistemas de defesa aérea terem se integrado ao consórcio Almaz-Antei.

    Por outro lado, o relatório apresentado pelo fabricante indica que o míssil não foi lançado da cidade de Snezhnoe, então controlada pelos rebeldes, mas sim de um lugar próximo a Zaróshinskoe, que estava nas mãos das forças ucranianas.

    Os peritos da Almaz-Antei mostraram que o impacto do míssil no avião foi lateral, e que se tivesse sido lançado de Snezhnoe teria sido frontal.

    O consórcio acredita que foi a derrubada do avião da Malaysia Airlines que levou a União Europeia a incluir a empresa em sua lista de companhias sancionadas.

    "Queremos demonstrar que o consórcio não tem nada a ver com a tragédia e, consequentemente, que as sanções econômicas que foram aplicadas são infundadas", disse Novikov.

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