O papa Francisco se ofereceu nesta segunda-feira (15) para participar das negociações de paz entre a Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

A proposta foi feita em encontro com o presidente Juan Manuel Santos no Vaticano. Segundo a assessoria do papa, os dois falaram sobre a complexidade do diálogo e das expectativas por um acordo de paz.

"Vocês têm nosso apoio e, se precisamos que tenhamos um papel, estaremos dispostos a desempenhá-lo, a ajudá-lo", disse Francisco a Santos.

Pouco após o encontro, o presidente colombiano agradeceu a oferta e as orações do pontífice, mas disse que a mediação papal acontecerá só com acordo das duas partes.

Porém, o jornal colombiano "El Mundo" diz que os membros das Farc teriam avisado ao Vaticano que a participação do papa seria bem-vinda.

Segundo a publicação, os guerrilheiros decidiram recorrer ao santo padre por influência de Cuba, que retomou relações com os Estados Unidos depois da mediação do papa.

O primeiro indício desta hipótese foi o papa ter prometido visitar a Colômbia um ano após a assinatura do acordo, cujas negociações começaram em 2012.

Outro ponto foi o conhecimento de Francisco sobre o conflito. Parte disto é fruto da influência do secretário de Estado, Pietro Parolin, que foi núncio apostólico na Venezuela.