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    Presidenciável peronista indica aliado de Cristina Kirchner como vice

    MARIANA CARNEIRO
    DE BUENOS AIRES

    17/06/2015 14h13

    Para atrair a simpatia dos aliados mais próximos da presidente Cristina Kirchner, o governador da Província de Buenos Aires Daniel Scioli anunciou que sua chapa de candidatura à Presidência na Argentina será integrada por um político kirchnerista puro sangue.

    Scioli quer representar a Frente para a Vitória, agremiação da presidente, nas eleições deste ano. Ele também é o candidato mais bem colocado da agremiação nas pesquisas de intenção de votos, empatado tecnicamente com o chefe de governo da cidade de Buenos Aires, o opositor Mauricio Macri.

    25.mai.2015/AFP
    Daniel Scioli (à esq.), ao lado da presidente Cristina Kirchner; candidato escolheu governista como vice
    Daniel Scioli (à dir.), ao lado da presidente Cristina Kirchner; candidato escolheu governista como vice

    Mas o candidato não é uma figura identificada com o kirchnerismo. Sua campanha tem sustentado que é que preciso fazer correções na política atual, o que despertou a desconfiança dos aliados de Cristina.

    Para superar a resistência dentro do próprio partido, Scioli anunciou na noite desta terça (16) que seu vice será Carlos Zannini. Secretário de Justiça da Casa Rosada, Zannini acompanha a família K desde o início da carreira política de Néstor Kirchner na província de Santa Cruz.

    Ele trabalhou com o ex-mandatário na prefeitura de Rio Gallegos, capital da província, e o acompanhou como governador da província e depois como presidente. Ele seguiu no governo nos dois mandatos de Cristina.

    Na Argentina, o anúncio foi recebido como um sinal de que Scioli quer se aproximar dos kirchneristas e acabar com a resistência de aliados sobre seu compromisso em manter a política de Cristina.

    Os kirchneristas mais fiéis haviam indicado que preferiam outro candidato, o ministro dos Transportes, Florencio Randazzo, como o representante governista nas eleições. A formulação da chapa tende a enfraquecer a imagem que tentava construir Scioli, de um governista com certa dose de crítica.

    Apesar do fim do mandato, Cristina está com a popularidade acima de 50% e é tratada como uma importante cabo-eleitoral nessas eleições. Estaria aí a necessidade de um sinal mais evidente de subordinação de Scioli.

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