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    Programa que facilita viagem pode sair em ida de Dilma aos EUA, diz ministro

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA
    PATRÍCIA CAMPOS MELLO
    DE SÃO PAULO

    19/06/2015 16h33

    A visita de Estado da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, no final deste mês, pode ter como resultado concreto o lançamento de programa norte-americano que agiliza a entrada no país de viajantes frequentes que atendam a determinados critérios, o chamado Global Entry.

    "O que pode ser decidido agora é o Global Entry. Mas temos ambição de ir além disso. () Vamos ver se a gente consegue dar alguns passos de facilitação já nessa viagem para incrementar o turismo, facilitar os negócios para aproximação cultural, econômica e comercial entre os países", disse nesta sexta-feira (19) o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, após encontro entre empresários dos dois países.

    Jonathan Ernst/Reuters
    Dilma Rousseff cumprimenta o presidente dos EUA, Barack Obama, em abril
    Dilma Rousseff cumprimenta o presidente dos EUA, Barack Obama, em abril

    O encontro de CEOs brasileiros e norte-americanos tem como objetivo pontuar medidas que podem ser adotadas pelos dois governos para incrementar o comércio e investimentos.

    O governo americano não está certo de que haverá tempo para concluir as negociações e anunciar o programa Global Entry durante a visita de Dilma a Washington, dia 30 de junho. Segundo apurou a Folha, foram retomadas as reuniões entre equipes técnicas, "uma evolução bastante positiva", mas o que deve ser anunciado é o comprometimento para lançar o Global Entry, possivelmente sem datas.

    Mercadante reconheceu que essa não é uma "tarefa simples", mas destacou que hoje é baixa a taxa de rejeição a pedidos de vistos de brasileiros para viagem aos EUA. "Vamos aguardar a boa vontade do lado americano. E há grande interesse do lado brasileiro", disse.

    O Global Entry é destinado a viajantes frequentes –como executivos. Quem ingressa no programa não é liberado do visto, mas passa por autoridades alfandegárias de forma mais agilizada, a partir de guichês eletrônicos.

    Em entrevista à Folha em abril deste ano, o diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ricardo Zúñiga afirmou que o Global Entry não estaria "pronto a tempo para esse encontro", em referência à agenda de Dilma com o presidente Barack Obama.

    MAIS OUSADIA

    No encontro entre os empresários, foi discutida a possibilidade de investimentos americanos no Brasil em setores como energia, infraestrutura e saúde.

    Com tecnologia norte-americana, o governo deve implantar projeto-piloto em cinco municípios do Brasil para melhorar o diagnóstico de doenças com grande impacto no gasto público.

    "A ideia é pegar cinco cidades com boa gestão na área de saúde para implementar projeto-piloto para verificar a eficiência dessas tecnologias, para que isso seja depois discutido no âmbito do SUS [Sistema Único de Saúde], disse Mercadante.

    Ele destacou ainda a necessidade de aumentar as trocas comerciais entre os países. "Nós tivemos uma crise internacional. Isso exige mais ousadia em relação a reduzir barreiras, a flexibilizar comércios e agilizar procedimentos".

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