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    Amazon, Walmart, eBay, Sears e Etsy param venda de bandeira escravagista

    DE SÃO PAULO

    23/06/2015 17h27

    As principais redes varejistas e de comércio eletrônico dos EUA anunciaram a suspensão da venda da bandeira de guerra da Confederação sulista (1861-65), símbolo do período escravagista usado por grupos racistas até hoje.

    Depois do anúncio feito pelo Walmart na segunda (22), Amazon, eBay, Sears e Etsy decidiram nesta terça (23) também suspender a venda do produto.

    Os anúncios ocorrem dias depois de o jovem branco Dylann Roof ter matado a tiros nove fiéis negros em um ataque a uma igreja em Charleston, segunda maior cidade da Carolina do Sul, na quarta-feira (17).

    Reprodução/Lastrhodesian.com
    Foto divulgada em site mostra Dylann Roof com arma e bandeira de separatistas americanos
    Foto divulgada em site mostra Dylann Roof com arma e bandeira de separatistas americanos

    No sábado (20), foram divulgadas fotos de Roof, 21, armado e com uma bandeira confederada na mão.

    Ativistas e autoridades da Carolina do Sul, incluindo a governadora Nikki Haley e o prefeito Joseph P. Riley, pediram na segunda-feira (22) que a bandeira seja retirada do jardim do Legislativo estadual.

    "Nunca quisemos ofender ninguém com os produtos que oferecemos", disse o porta-voz do Walmart Brian Nick. "Tomamos medidas para remover todos os itens promovendo a bandeira confederada —de nossas lojas ou site", completou.

    À rede de TV CNN, um porta-voz da Amazon disse que a companhia também adotaria a medida.

    Para Johnna Hoff, porta-voz do eBay, a bandeira confederada "se tornou um símbolo contemporâneo de divisão e racismo".

    A empresa, disse, banirá a venda das bandeiras e de "vários itens que contenham sua imagem".

    A Sears Holdings Corporation, que opera a Sears e Kmart, também anunciou a adoção da medida.

    A empresa de comércio eletrônico Etsy informou à revista "WIRED" sua decisão de parar a venda do produto.

    "As políticas da Etsy proíbem itens que promovam, apoiem ou glorifiquem o ódio, e [a bandeira confederada] entra nessa categoria", disse um porta-voz da companhia.

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