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    Após ataque, brasileiros na Tunísia estocam comida e evitam sair às ruas

    FELIPE DE OLIVEIRA
    DO RIO

    26/06/2015 18h55

    O atentado que deixou dezenas de mortos e feridos no balneário de Sousse, a cerca de 150 km de Túnis, provocou pânico entre turistas e moradores em toda a Tunísia.

    O medo de novos ataques gerou uma corrida a supermercados da região. Segundo o brasileiro Leandro Jardim, 59, que trabalha há cinco meses como professor na capital do país, o objetivo é estocar comida e evitar sair nas ruas nos próximos dias.

    "O país está parado. O exército está nas ruas, foram montadas barricadas nas principais vias da capital, e ninguém sai e ninguém entra sem passar pela fiscalização. Após o ataque ao museu [do Bardo, em março], corremos para o mercado para estocar comida. Os próximos dias devem ser de ruas desertas", afirmou Jardim.

    Ainda segundo o brasileiro, no momento em que a notícia do atendado desta sexta veio à tona, houve uma histeria nas ruas da capital.

    "Estava indo para casa, minha família ficou desesperada. Vi muitos pais indo buscar seus filhos no colégio, alguns comércios fechando as portas, era um cenário de pânico total. Alguns brasileiros que conhecemos estavam passando as férias aqui e correram para o aeroporto, disseram que não ficariam mais nenhum dia. Todos estamos com muito medo."

    Entre as medidas de proteção que adotou, Jardim saiu da casa onde estava na capital e foi para uma cidade vizinha. Porém, mesmo com o segundo grande atentado em menos de três meses, o professor não pensa em deixar o país.

    "Conversei com minha família, não iremos voltar para o Brasil. Redobraremos a cada dia as medidas de proteção e viveremos cercados pelo medo. Mas não vamos nos render a isso", afirmou o brasileiro.

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