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    Especialistas comentam como EUA e Brasil podem aproveitar parceria

    RAUL JUSTE LORES
    DE WASHINGTON

    28/06/2015 02h00

    O eixo Brasília-Washington terá uma esperada sacudida depois de quase dois anos de relações bilaterais hibernando após o escândalo da espionagem americana.

    Agora vai? A presidente Dilma Rousseff jantará com o presidente Barack Obama nesta segunda (29) na Casa Branca, e ambos terão uma reunião de trabalho na terça (30) para reafirmar que a relação entre os dois países está de volta ao normal.

    Para diversos especialistas, porém, esse "normal" é pouco ambicioso, cheio de suspeitas mútuas e de documentos e declarações repletos de boas intenções, mas com poucos resultados.

    O Brasil se ressente da pouca atenção que lhe é dada em Washington, mas, ao mesmo tempo, teme o intervencionismo americano e, por anos, preferiu outros parceiros.

    Do lado americano, potências regionais muitas vezes são vistas com desconfiança, ainda mais no que Washington insiste em chamar de "seu quintal" –sem falar das suspeitas com qualquer aliança remotamente bolivariana.

    Apesar da imagem popular amplamente positiva (americanos têm uma visão mais favorável do Brasil do que do sócio México; brasileiros têm opinião bem mais positiva dos EUA que os mexicanos), os números denunciam uma relação modesta.

    Comercialmente, o Brasil fica em 16º entre os países que mais exportam aos EUA.

    Mesmo com o Ciência sem Fronteiras, os brasileiros estão em 11º entre os estrangeiros nas universidades americanas (há mais turcos, vietnamitas e coreanos estudando nos EUA que brasileiros).Do outro lado, há mais estudantes dos EUA na Argentina e na Costa Rica que no Brasil.

    Dos 62 milhões de turistas americanos que viajaram para o exterior em 2013 (29 milhões deles foram além de México e Canadá), pouco mais de 400 mil visitaram o Brasil, o 22º destino no ranking dos americanos, atrás de Índia, Peru e Áustria.

    A visita presidencial desta semana promete novos acordos e planos e um raro momento de atenção à política internacional fora dos corredores do Itamaraty e da Fiesp.

    Em tempos de crise, quando a presidente leva dez de seus ministros a um périplo por Nova York, Washington e San Francisco para atrair investimentos e parcerias em inovação, muita gente além desses corredores também espera novas prioridades e uma agenda moderna.

    A Folha ouviu especialistas de variadas áreas para saber quais prioridades deveriam marcar a relação com a superpotência do norte. Ambição não falta.

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