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    Reabertura de embaixadas entre EUA e Cuba é boa para região, diz Itamaraty

    DE SÃO PAULO

    01/07/2015 12h25

    O governo brasileiro saudou o anúncio, feito nesta quarta-feira (1º), da reabertura de embaixadas entre Cuba e Estados Unidos a partir do dia 20 de julho. Segundo o Itamaraty, esse "passo importante" traz efeitos "potencialmente positivos para todo o continente".

    "Trata-se de passo importante no processo de normalização das relações entre dois países com os quais o Brasil mantém tradicionais e profundos vínculos de amizade e cooperação", diz o texto, divulgado minutos após o anúncio.

    "O governo brasileiro cumprimenta os governos de Cuba e dos Estados Unidos pela opção que fizeram pelo diálogo e por essa histórica decisão, que representa a superação de animosidades anacrônicas e traz efeitos potencialmente positivos para todo o continente americano", disse o Itamaraty, no comunicado.

    Alejandro Ernesto/Efe
    Jeffrey DeLaurentis entrega ao chanceler interino cubano, Marcelino Medina, o pedido de reabertura
    Jeffrey DeLaurentis entrega ao chanceler interino cubano, Marcelino Medina, o pedido de reabertura

    Em vários momentos durante sua visita aos EUA nos últimos dois dias, a presidente Dilma Rousseff elogiou a reaproximação entre Washington e Havana. Na terça-feira (30), ela parabenizou o colega americano, Barack Obama, dizendo que a retomada das relações é "um momento decisivo na relação com a América Latina".

    "O estabelecimento de uma relação de qualidade muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região", disse Dilma.

    Na ocasião, ela aproveitou para afirmar que a posição adotada com Cuba "é um padrão e um exemplo de relação que deve ser seguido" com outros países da região -numa referência à Venezuela. Em março, os EUA estabeleceram sanções contra sete integrantes do governo de Nicolás Maduro e consideraram o país uma "ameaça extraordinária à segurança dos EUA" –o que estremeceu ainda mais as relações entre Washington e Caracas.

    PREPARAÇÃO

    As representações americana na ilha e cubana em Washington estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Obama e o ditador Raúl Castro.

    O anúncio foi feito inicialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Pouco antes do comunicado cubano, o chefe da seção de negócios americano em Cuba, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal a Marcelino Medina, ministro interino das Relações Exteriores cubano.

    A expectativa é que o prédio que hoje abriga a seção de negócios americana seja aberto como embaixada em evento com a participação do secretário de Estado, John Kerry. Ele será responsável por hastear a bandeira no local.

    Ao mesmo tempo, Cuba faz reformas a casa onde fica sua seção de negócios em Washington. O prédio teve sua cerca pintada e ganhou um mastro onde deverá ser hasteada a bandeira.

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