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    Obama cita Dilma ao dizer que era a hora de reabrir embaixada em Cuba

    DE SÃO PAULO

    01/07/2015 12h42 - Atualizado às 13h49

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou nesta quarta-feira (1º) a presidente Dilma Rousseff ao dizer que este era o momento para que o governo americano retomasse relações com Cuba.

    No discurso em que confirmou a reabertura da embaixada em Havana, Obama disse que a retomada das relações com Cuba diminuiu o isolamento dos EUA em relação à América Latina.

    "Desde dezembro nós vemos um forte entusiasmo com esta nova iniciativa. Líderes de todas as Américas expressaram seu apoio a esta política. Vocês ouviram o que disse a presidente brasileira Dilma Rousseff sobre isso ontem."

    Durante visita à Casa Branca, Dilma saudou o fim do isolamento de Cuba. "É um momento decisivo na relação com a América Latina, muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região. É um padrão que deve ser seguido."

    Ainda sobre a América Latina, Obama considerou que as ações do governo americano contra Cuba não provocaram uma mudança de regime e isolaram os Estados Unidos em relação aos países latino-americanos.

    "Em vez de dar apoio à democracia para o povo cubano, nossos esforços para isolar Cuba, apesar das boas intenções, tiveram o efeito contrário: mantiveram o status quo e isolaram os EUA em relação aos vizinhos deste hemisfério."

    Nesse sentido, pressionou ao Congresso, controlado pelos adversários republicanos, a aprovar o fim do embargo. Para ele, a liberação do comércio e do trânsito de pessoas ajudará na disseminação dos ideais democráticos na ilha.

    "Acredito que o envolvimento dos Estados Unidos através de sua embaixada, de seus negócios e de seu povo é a melhor forma de mostrar nosso apoio à democracia e ao [respeito] aos direitos humanos".

    Editoria de Arte/Editoria de arte

    CONDENAÇÃO

    Mesmo com a reabertura da embaixada em Cuba, Barack Obama disse que os Estados Unidos continuarão a condenar as violações às liberdades de expressão, de reunião e de acesso à informação cometidas pelo regime cubano.

    "Nós não hesitaremos em falar quando vermos estas ações que contradizem estes valores. Mas eu acredito que a melhor forma que nós americanos temos de difundir estes valores é através do envolvimento".

    Ele confirmou que os diplomatas americanos terão livre trânsito por Cuba. Isso é uma cessão do regime cubano, que teme o contato dos representantes com dissidentes.

    "Nossos diplomatas terão a capacidade de se comprometer de forma mais ampla com a ilha. Isso inclui o governo cubano, a sociedade cubana e cubanos comuns que querem uma vida melhor."

    O discurso de Obama foi transmitido ao vivo pela televisão cubana. Segundo o jornal "New York Times", o secretário de Estado americano, John Kerry, planeja viajar a Havana em 22 de julho para reabrir a embaixada.

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