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    Obama intensifica atenção americana recente para líderes brasileiros

    RAUL JUSTE LORES
    DE WASHINGTON

    04/07/2015 02h00

    Ao levar a presidente Dilma ao memorial de Martin Luther King Jr., oferecer-lhe um jantar privado e manter com ela uma longa reunião, o presidente Obama já se tornou um dos anfitriões da Casa Branca a passar mais tempo com um líder brasileiro.

    Na história recente, só Bill Clinton fez algo parecido, mas no contexto da pompa comum às visitas "de Estado", para Fernando Henrique Cardoso, no início de 1995.

    A atenção dos EUA aos presidentes de um país que tem apenas 1/8 de sua economia e não é considerado ameaça só aumentou recentemente.

    Lula teve um fugaz momento sob os holofotes americanos. Junto com o então "homem mais rico do Brasil", Eike Batista, ele foi entrevistado no programa de TV "60 Minutes", em dezembro de 2010. Foi chamado de "estrela ascendente", mesmo no seu último mês de mandato, e o apresentador ainda perguntou se o Brasil seria a "próxima superpotência".

    De Pedro 2º a Dilma, 17 chefes de Estado brasileiros visitaram os EUA, incluindo Tancredo Neves, que chegou a encontrar o colega Ronald Reagan como presidente eleito, em fevereiro de 1985.

    Quem mais passou tempo lá foi o imperador: quase três meses em 1876 -11 anos após o fim da Guerra de Secessão americana, que acabou com a escravidão no país.

    Getulio Vargas não foi aos EUA em nenhum dos dois mandatos. E Jimmy Carter, crítico do desrespeito aos direitos humanos nas ditaduras latino-americanas apoiadas pelos EUA, não recebeu mandatários brasileiros.

    Se, com Dilma, o foco foi fazer as pazes após o mal-estar causado pela espionagem americana e, do lado brasileiro, atrair investimento, com Lula e FHC tentou-se um acordo de livre comércio das Américas que, por oposição brasileira, jamais vingou.

    Na sua visita, em 1991, o então presidente Collor recebeu uma petição de senadores democratas reclamando do tratamento dado aos ianomamis por garimpeiros e pedindo demarcação de terras e cuidado com a Amazônia.

    Sarney teve privilégio especial, em setembro de 1986: foi convidado a falar a uma rara sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado americanos. Mas poucos parlamentares compareceram. Segundo o jornal "The Washington Post", boa parte dos assentos foi ocupada por estagiários convocados de última hora para evitar o papelão.

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