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    Contra risco de 'ditadura', igreja não deveria ter líderes vitalícios, diz papa

    DA REUTERS

    04/07/2015 00h14

    O papa Francisco disse nesta sexta-feira (3) que a Igreja Católica não deveria ter "líderes vitalícios", para não correr o risco de se tornar como um país sob ditadura.

    Francisco, 78, já havia declarado anteriormente estar pronto para renunciar se sentisse que não poderia continuar liderando a igreja de 1,2 bilhão de fiéis por razões de saúde ou por outros problemas.

    "Sejamos claros. O único que não pode ser substituído na igreja é o Espírito Santo", disse o pontífice argentino na sexta, num discurso a cerca de 30 mil pessoas durante um evento ecumênico na praça São Pedro, no Vaticano.

    "Deveria haver um limite de tempo para os cargos [na igreja], que, na verdade, são cargos de serviço", afirmou Francisco, numa fala em parte improvisada.

    Deixando claro que seus comentários não se restringem ao clero, ele acrescentou: "É conveniente que todos [os cargos] na igreja tenham um limite de tempo. Não há líderes vitalícios na igreja. Isto ocorre em alguns países onde existe uma ditadura".

    RENÚNCIA

    Em fevereiro de 2013, o antecessor de Francisco, o papa Bento 16, se tornou o primeiro pontífice a renunciar em 600 anos.

    Em uma entrevista à televisão mexicana em março passado, Francisco disse que o que Bento —agora conhecido como papa emérito— fez "não deveria ser considerado uma exceção, mas uma instituição".

    Na mesma entrevista, no entanto, ele afirmou não gostar da ideia de que seja fixada uma idade de aposentadoria automática para os papas, por exemplo aos 80 anos.

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