Um ataque de atiradores da milícia islamita Al Shabaab no norte do Quênia deixou ao menos 14 mortos e 11 feridos na madrugada desta terça-feira (7). A ação ocorre algumas semanas antes da visita do presidente americano, Barack Obama, ao país.
A ação ocorreu à 1h local (19h de segunda-feira em Brasília) em um complexo residencial próximo à cidade de Mandera. Enquanto muitos moradores dormiam, os milicianos invadiram o local, lançaram explosivos e abriram fogo, matando em sua maioria trabalhadores de uma pedreira.
Policiais quenianos carregam corpo de vítima de ataque de radicais na cidade de Mandera |
Os autores do atentado, que supostamente tinha como alvo cristãos do Quênia, conseguiram fugir antes da polícia chegar ao local.
Os feridos foram transferidos para o hospital de Mandera, apesar de a Cruz Vermelha já ter um avião preparado para levar as pessoas em estado mais grave para a capital, Nairóbi.
Em abril, membros da Al Shabaab mataram 148 estudantes cristãos na Universidade de Garissa, também no norte do Quênia.
Vinculada à Al Qaeda, a Al Shabaab atua principalmente na Somália, mas tem um histórico de ataques no Quênia em retaliação à ação militar de tropas de Nairóbi naquele país. Incluída em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelos EUA, a facção luta para instaurar um califado na região.
O Quênia está em alerta de segurança elevado e vem se preparando para a visita do presidente Obama. Marcada para o final de julho, a visita tem gerado muita expectativa pelo fato de Obama ser filho de um queniano.
Para evitar possíveis ações de grupos radicais durante a visita, as autoridades mobilizaram centenas de agentes de segurança e instalaram câmeras de vigilância nas ruas de Nairóbi.
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