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    Reino Unido planeja reabrir neste ano embaixada no Irã, diz chanceler

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/07/2015 11h28

    O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, disse nesta quarta-feira (15) que o governo planeja reabrir a embaixada britânica em Teerã até o fim deste ano.

    A decisão é divulgada um dia após o acordo nuclear do Irã com o grupo P5+1, que inclui os britânicos. A República Islâmica se comprometeu a reduzir seu enriquecimento de urânio em troca do fim das sanções ao país.

    Carlos Barria - 14.jul.2015/Reuters
    O secretário das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, durante as negociações com o Irã
    O secretário das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, durante as negociações com o Irã

    No Parlamento, Hammond disse que a reinauguração da representação depende de questões técnicas que não deu detalhes. Ele também espera que, na mesma época, o Irã possa reabrir sua embaixada em Londres.

    "Tenho muita esperança de que estaremos em condição de reabrir nossas respectivas embaixadas antes do fim do ano."

    As relações diplomáticas entre os dois países foram suspensas e a embaixada britânica foi fechada após centenas de manifestantes iranianos atacarem as instalações britânicas em Teerã em novembro de 2011.

    Desde então, Londres mantém uma seção de interesses abrigada na embaixada da Suécia.

    O secretário disse ter conversado com o titular das Finanças, George Osborne, para ter certeza de que os britânicos estão prontos para aproveitar as oportunidades de negócios que surgirão com o acordo.

    "Acho que o Irã vai querer usar parte de seus bens congelados para lidar com alguns déficits de infraestrutura bem grandes, inclusive na indústria de produção de petróleo e gás, na qual o Reino Unido está muito bem situada."

    Ele espera que £ 90 bilhões (R$ 439,6 bilhões) de ativos iranianos em território britânico podem ser liberados ao longo do tempo como resultado do acordo.

    Instalações nucleares

    ISRAEL

    Hammond confirmou ao Parlamento que viajará a Israel nesta quarta (15) para se reunir com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, o principal contrário a qualquer acordo com os iranianos.

    Para o chanceler britânico, o Estado judaico não ficaria satisfeito com nenhum pacto com o Irã, independentemente das condições que fossem fixadas.

    "Israel quer um estado permanente de indiferença e eu não acredito que seja este o interesse da região e o nosso interesse."

    Ele será a primeira autoridade ocidental a visitar o Irã após o acordo. Na semana que vem, será a vez do secretário de Defesa americano, Ashton Carter, visitar Tel Aviv.

    Acordo Irã

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