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    Maduro se adianta e chega ao Itamaraty sem recepção de Dilma

    FLÁVIA FOREQUE
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    17/07/2015 10h58

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Palácio Itamaraty para o encontro de presidentes da cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira (17), e não foi recebido pela presidente Dilma Rousseff, como previsto.

    Naquele mesmo momento, ela estava em audiência, já no edifício, com o presidente da Guiana, David Granger.

    Fernando Bizerra Jr./Efe
    Presidente Dilma Rousseff recebe o líder venezuelano, Nicolás Maduro, no Itamaraty
    Presidente Dilma Rousseff recebe o líder venezuelano, Nicolás Maduro, no Itamaraty

    Na pauta do encontro, justamente uma rusga entre os países: Guiana e Venezuela enfrentam uma crise diplomática após descoberta de jazidas de petróleo no território de Essequibo, na região fronteiriça.

    Quando Dilma desceu à entrada do palácio, foi informada de que o convidado venezuelano já havia chegado.

    Foram cinco minutos de espera para que, finalmente, Maduro surgisse por trás da presidente, dessa vez recebendo calorosos cumprimentos e pedidos de desculpa de Dilma.

    Inicialmente, assessores reconheceram uma falha de comunicação no processo —a presidente não fora informada de que Maduro estava prestes a chegar.

    Depois, porém, constatou-se que o presidente da Venezuela chegara antes do horário previsto para tentar participar da reunião com o colega da Guiana. O diplomata que acompanhava a comitiva da Venezuela não conseguiu convencer Maduro a cumprir o roteiro.

    Após a presidente brasileira receber Maduro, foi a vez de recepcionar os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Uruguai, Tabaré Vázquez.

    Como de costume, a última a chegar foi a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que receberá uma homenagem do governo brasileiro. Após a cúpula, ela será recebida no Palácio da Alvorada pela presidente Dilma.

    ADESÃO DA BOLÍVIA

    Antes do encontro dos presidentes, chanceleres dos países-membros assinaram acordos de adesão da Bolívia ao bloco, como integrante pleno do Mercosul, e de Suriname e Guiana como associados.

    Agora, para a confirmação dos bolivianos, é preciso receber o aval dos parlamentos de Brasil e Paraguai.

    A entrada da Bolívia já havia sido acordada no passado, num momento em que o Paraguai estava suspenso.

    Por isso, acredita-se que com o retorno do país ao bloco, será mais fácil ter o apoio político para a conclusão do processo.

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