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    Shopping do Quênia reabre dois anos após ataque terrorista

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/07/2015 11h06

    O shopping Westgate, durante anos considerado o mais cosmopolita do Quênia, reabriu neste sábado (18), quase dois anos depois que militantes do grupo somali Al Shabaab deixaram ao menos 67 mortos em seu interior e mantiveram o controle do prédio por quatro dias, em setembro de 2013.

    Após uma pequena cerimônia de inauguração com a presença do governador de Nairóbi, Evans Kidero, cerca de 50 fregueses faziam fila para serem os primeiros a entrar no prédio.

    "Estamos impacientes porque podemos mostrar ao mundo que o terrorismo não poderá nos abater", disse Ben Mulla, de 34 anos, que foi ferido no ataque de 2013 e agora esperava na fila para visitar o shopping. Ele disse à agência Efe que viu um segurança ser morto em sua frente.

    Agora, o shopping contratou uma empresa israelense para cuidar de sua segurança, que instalou detectores de metal, aparelhos de raios-x para sacolas, detectores de bombas, sensores para inspecionar o chassi de carros e guaritas à prova de balas.

    Depois do ataque, o Westgate passou de símbolo de prosperidade a ícone da crescente insegurança no país africano, com a inabilidade do presidente Uhuru Kenyatta em evitar os frequentes ataques extremistas no país.

    Imagens de pessoas ensanguentadas correndo entre vitrines de marcas famosas e soldados armados em meio a prateleiras de farmácia, durante o ataque, afetaram o turismo, setor vital da economia queniana.

    Isso piorou com as imagens que mostravam soldados saqueando as lojas depois de matar os extremistas. Um DVD com cenas do ataque virou sucesso de vendas.

    Ao reivindicar o ataque ao Westgate, o grupo disse ter cometido a ação em represália ao envolvimento militar do Quênia na Somália, que vive em caos há duas décadas.

    Desde então, nos últimos dois anos, a Al Shabaab matou mais de 400 pessoas no Quênia. Em abril deste ano, fez 148 vítimas num ataque de atiradores mascarados contra uma universidade.

    Vários países ocidentais alertaram seus turistas sobre possíveis ataques no futuro.

    O governador discorda. "O Quênia está mais seguro do que nunca. Se não estivesse, o Obama não viria", disse Kidero à agência Reuters, fazendo referência à visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará neste mês ao país de origem do seu pai.

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