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    Presidente do Irã defende acordo nuclear das críticas da oposição local

    DE SÃO PAULO

    23/07/2015 14h05

    O presidente do Irã, Hasan Rowhani, defendeu o acordo firmado com as potências sobre o programa nuclear das críticas de seus opositores domésticos, em discurso nesta quinta-feira (23).

    A maioria dos iranianos defende o pacto, assinado no dia 14, por ser um primeiro passo para o fim das sanções econômicas sofridas pelo país.

    Porém, políticos conservadores e a elite militar da Guarda Revolucionária, um dos ramos das Forças Armadas do país, se posicionaram contra o documento, argumentando que ele colocaria em risco a segurança nacional.

    "Essa é uma nova página na história", disse Rowhani, que defendeu o processo como uma largada para um período de reconciliação com o resto do mundo.

    Ele disse também que o pacto refletiu a vontade geral do povo do Irã e que isso seria "mais valioso" do que remoer os detalhes do texto.

    O acordo impõe restrições ao programa nuclear do Irã em troca de uma suspensão parcial de sanções econômicas impostas pela comunidade internacional, responsáveis por consequências desastrosas à economia do país. As instalações nucleares do país também ficam expostas a inspeções constantes.

    Irã

    EUA

    Assim como Rowhani, o presidente americano, Barack Obama, também enfrenta críticas da oposição conservadora em Washington pela assinatura do texto.

    O líder da maioria republicana no Congresso, John Boehner, prometeu "fazer todo o possível" para que a casa rejeite o projeto.

    Outros dois aliados históricos dos EUA na região, Israel e Arábia Saudita, também condenam o acordo.

    Enquanto os primeiros condenam a assinatura de um pacto com uma nação que se considera inimiga do Estado israelense, os sauditas, sunitas, acreditam que a aproximação americana com o Irã, xiita, pode enfraquecer suas próprias relações com o Ocidente.

    Já no Irã, a Guarda Revolucionária se opõe à inspeção de instalações militares por agentes estrangeiros. O país sempre negou que seu projeto nuclear tivesse como fim produzir armas.

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