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    Turquia autoriza EUA a usar base aérea no país para atacar EI

    DE SÃO PAULO

    23/07/2015 17h41

    A Turquia autorizou os EUA a utilizarem uma base americana em seu território para realizar ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

    A informação foi divulgada primeiro pelo "The Wall Street Journal", mas foi confirmada à Reuters por um alto funcionário do Pentágono.

    A decisão turca representa uma mudança de posição da Turquia, que resistia a se envolver de forma mais enfática na luta contra os radicais do EI. O país compartilha 800 km de fronteira com a Síria.

    Até agora, a base de Incirlik, no sul do país –próximo à fronteira síria– não podia ser usada pela Força Aérea Americana como ponto de partida de aviões usados para bombardear a milícia nos países vizinhos. A pista de pouso, contudo, já servia a drones.

    Segundo o "The New York Times", o acordo permitirá que também aviões tripulados decolem da base para realizar ataques contra a milícia radical islâmica.

    De acordo com a imprensa turca, os dois governos chegaram a um acordo sobre a base na última quarta (22).

    A Casa Branca confirmou que o presidente Barack Obama e o colega turco, Recep Tayyip Erdogan, conversaram na quarta por telefone e concordaram em "aprofundar" a cooperação na luta contra o EI, mas não deu mais detalhes.

    "Não posso falar mais sobre essas questões por preocupações específicas sobre a segurança de operações", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

    CONFRONTO

    Nesta quinta, forças turcas reagiram com tiros de tanque a disparos de militantes do EI na Síria depois que um soldado do país foi morto e outros ficaram feridos em combate na fronteira.

    O gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado dizendo que a Turquia tomará "todas as medidas necessárias" para proteger a ordem pública e a segurança nacional após os ataques.

    O confronto aconteceu dias depois que um suposto atentado suicida em uma cidade fronteiriça turca, atribuído ao grupo radical, matou 32 pessoas, muitas delas estudantes e algumas curdas, desencadeando ondas de violência no sudeste de maioria curda.

    Há tempos os aliados da Turquia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vêm expressando preocupação com o controle de sua fronteira com a Síria, que em parte corre paralela a territórios apossados pelo Estado Islâmico.

    O atentado suicida de segunda-feira na cidade de Suruc, no sudoeste turco, enfatizou os temores de que a guerra civil síria se espalhe pela Turquia.

    O Exército turco já reforçou a segurança ao longo de trechos da fronteira nas últimas semanas à medida que o conflito sírio, que envolve milicianos curdos, militantes islâmicos e forças de segurança da Síria, se intensifica.

    "Soldados turcos reagiram ao fogo depois de receberem disparos do lado sírio na fronteira, vindos da região onde estão militantes do Estado Islâmico", declarou uma autoridade turca, acrescentando que, em linha com as regras de engajamento, quatro tanques responderam ao fogo depois de serem alvejados pelos militantes.

    O Exército informou que um sargento foi morto e que dois outros se feriram, e também que um militante do Estado Islâmico foi morto e que as forças turcas recuperaram seu corpo e seu rifle.

    COM A REUTERS

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