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    Inspetores pedem inquérito criminal sobre uso de e-mail pessoal de Hillary

    DE SÃO PAULO

    24/07/2015 11h43

    Dois inspetores-gerais americanos pediram ao Departamento de Justiça que abra uma investigação criminal sobre o envio de informação confidencial pelo e-mail pessoal da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

    O pedido aumenta a polêmica com uso da conta, que viola os protocolos da administração pública. O escândalo, revelado em março, abalou a campanha de Hillary para ser a candidata democrata à Presidência.

    A informação foi revelada por "The New York Times" nesta sexta-feira (24). Segundo o jornal, o pedido foi feito após os inspetores-gerais enviarem dois memorandos ao Departamento de Estado e aos serviços de inteligência.

    No primeiro memorando, de 29 de junho, os inspetores-gerais afirmam que a conta de e-mail particular de Hillary Clinton contém "centenas de informações potencialmente confidenciais".

    O destinatário era o secretário-adjunto do Departamento de Estado para gestão, Patrick Kennedy. O memorando foi enviado um dia antes de serem reveladas 3.000 das 55 mil páginas de e-mails encontradas na conta.

    As mensagens de Hillary divulgadas foram revisadas pelo órgão e algumas delas foram consideradas confidenciais de forma retroativa. Como prova da vista, há diversas partes tachadas nas 3.000 páginas reveladas.

    No último dia 17, os inspetores enviaram outro memorando dizendo que pelo menos um dos e-mails divulgados pelo Departamento de Estado trazia informação confidencial. O conteúdo da mensagem não foi divulgado.

    Em nota, o Departamento de Justiça disse que os inspetores fizeram um pedido de citação judicial, não de inquérito, que está em avaliação. Procurados pelo jornal, os membros da campanha de Hillary não comentaram sobre o caso.

    CRÍTICAS

    No segundo memorando, os inspetores-gerais fizeram críticas à forma como o Departamento de Estado lida com informações e aos agentes responsáveis por determinar a confidencialidade dos documentos.

    Em março, Hillary disse que nunca enviou informações confidenciais por seu e-mail pessoal.

    "Não há informação confidencial no meu e-mail pessoal. Também certamente estou bem ciente dos requerimentos de confidencialidade e não mandei nada confidencial".

    Dois meses depois, o FBI pediu que o Departamento de Estado tornasse confidenciais os e-mails de Hillary sobre os presos nos ataques ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, em 2012.

    Nesta semana, o Departamento de Estado foi criticado pela imprensa e por parlamentares por demorar ou recusar solicitações de informação. O órgão disse que não tem estrutura para atender à demanda crescente.

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