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Jatos da Turquia atingem alvos do Estado Islâmico e do PKK durante ataques na sexta (24) |
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Mundo
Friday, 17-May-2024 04:54:54 -03Primeiro-ministro turco confirma ataque a curdos no Iraque
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
25/07/2015 18h07
Os caças turcos que atacaram o Estado Islâmico (EI) na sexta (24) e no sábado (25) também tiveram como alvo bases curdas no norte do Iraque, confirmou o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu.
A ofensiva, que quebrou um cessar-fogo de dois anos, foi interpretada como represália ao assassinato de dois policiais turcos na última terça-feira (21) por membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
"Ninguém deve duvidar da nossa determinação", disse Davutoglu a jornalistas. "Não vamos permitir que a Turquia vire uma terra sem lei".
Neste sábado, o PKK manifestou-se sobre a ofensiva turca e disse que ela inviabiliza a manutenção do acordo de não-agressão.
"As condições para manter o cessar-fogo foram eliminadas", afirmou o partido por meio de sua ala militar, as Forças de Defesa Popular (HPG).
O presidente do Curdistão iraquiano e líder do Partido Democrático do Curdistão, Massud Barzani, disse ter falado por telefone com Davutoglu para expressar "seu desgosto com o perigoso nível que a situação alcançou", segundo comunicado oficial.
As tensões entre a Turquia e os separatistas escalaram após um atentado contra ativistas curdos matar 32 pessoas e ferir centenas em Suruç.
A explosão atingiu um evento destinado a arrecadar fundos para a reconstrução de Kobani, cidade síria de maioria curda que é alvo do EI desde setembro. A milícia radical reivindicou o atentado, mas curdos acusaram o governo turco de facilitar a atuação dos terroristas no país.
No dia seguinte, dois policiais turcos foram encontrados mortos com um tiro na cabeça na fronteira com a Síria e o PKK admitiu ser responsável pelas mortes.
PRISÕES
Em dois dias de uma operação contra o terrorismo, a polícia turca prendeu 251 pessoas suspeitas de associação com o terrorismo em todo o país. Dentre elas, estão supostos militantes do EI, de grupos curdos e de extrema esquerda.
Em uma das operações, em Istambul, policiais mataram uma militante da Frente Revolucionária de Libertação do Povo, grupo marxista autor de atentados na Turquia.
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