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    Cuba ameniza posição anti-EUA em feriado que homenageia revolução

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    26/07/2015 14h02

    Os líderes cubanos prometeram preservar a vitalidade do socialismo neste domingo, mas reduziram o tom crítico contra os Estados Unidos no primeiro feriado nacional de Cuba desde o restabelecimento das relações diplomáticas com os EUA, em 20 de julho.

    Neste domingo foi comemorado o 62º aniversário da primeira ofensiva, em 1953, dos guerrilheiros de Fidel Castro contra o Exército do ex-presidente Fulgencio Batista, que deu início a uma rebelião que resultaria na queda do mandatário em 1959.

    Feriado mais importante no calendário da revolução cubana, as comemorações deste domingo incluíram apresentações artísticas e discursos patrióticos.

    Faltaram as tiradas ácidas e anti-imperialistas de Fidel Castro, hoje com 88 anos e aposentado do cargo de presidente, que costumavam marcar o 26 de julho, data do ataque à base de Moncada, em Santiago de Cuba, cidade no lado oriental do país, a cerca de 800 km de Havana.

    O atual presidente cubano, Raúl Castro, tem amenizado suas críticas desde que deu início a um processo de aproximação com o presidente dos EUA, Barack Obama, em dezembro passado.

    O principal orador deste domingo, o vice-presidente José Ramon Machado Ventura, 84, disse que o reestabelecimento dos laços diplomáticos com os EUA celebrado em julho foi o auge do processo iniciado em dezembro.

    "Começa agora um longo e complexo caminho em direção à normalização das relações bilaterais que inclui, entre outros aspectos, o fim do bloqueio e a devolução da base naval de Guantánamo", acrescentou Ventura.

    A guerrilha comunista das Farc, que negocia a paz com o governo colombiano em Havana, saudou o aniversário afirmando que Cuba é "um luminoso farol (que) indica o rumo aos demais povos do mundo".

    O assalto ao Quartel Moncada, segunda fortaleza militar de Cuba, em 26 de julho de 1953, acabou em fracasso, com mais de cem seguidores de Fidel presos ou mortos.

    A guinada socialista do governo revolucionário em meio à Guerra Fria levou Washington a romper laços com Havana em janeiro de 1961.

    No dia 17 de dezembro, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram sua decisão de virar a página após meio século e restabelecer laços diplomáticos, após conversas secretas com o apoio do Canadá e do Vaticano.

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