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    EUA retiram Cuba de "lista negra" de tráfico humano

    THAIS BILENKY
    DE NOVA YORK

    27/07/2015 16h49

    Sob protesto da oposição republicana, o governo Barack Obama tirou Cuba da "lista negra" de tráfico humano, elevando sua classificação em relatório publicado pelo Departamento de Estado nesta segunda (27).

    A medida chega no mesmo mês em que os dois países restabeleceram relações diplomáticas com a reabertura de suas respectivas embaixadas, encerrando mais um capítulo de dissensão histórica entre EUA e Cuba.

    A ilha foi elevada à categoria 2 da lista de observação, a de países que procuram combater o tráfico humano e o trabalho forçado, mas ainda não contemplam os requisitos básicos no tema. Desde 2003, Cuba figurava na posição 3, a mais grave do relatório.

    Os EUA reconheceram esforços de Cuba como a condenação de 13 acusados de tráfico sexual em 2013 e a disposição em incluir a criminalização de todas as formas de tráfico humano em seu Código Penal.

    Mas apontaram a existência de acusações de que parte dos 51 mil cubanos que trabalham em missões no exterior sejam forçados a fazê-lo.

    No Brasil, o emprego de cubanos no programa federal Mais Médicos foi alvo de críticas mencionadas no relatório, como restrição à mobilidade dos profissionais e retaliações contra familiares. O governo cubano nega as acusações.

    O relatório afirma também que o tráfico humano expõe sobretudo pessoas com idade entre 13 e 20 anos e cita prostituição forçada na América do Sul e no Caribe.

    O documento registra, ainda, que o governo Raúl Castro demonstrou disposição de colaborar com outros países em investigações sobre supostos esquemas de tráfico humano.

    CRÍTICAS

    A retirada de Cuba da "lista negra" foi criticada por opositores, que acusaram o governo Barack Obama de fazer uso político do relatório.

    O deputado republicano Chris Smith afirmou que o relatório está sendo tomando uma direção em que "os fatos têm menor peso que a a agenda política presidencial".

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