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    Vice dos EUA sinaliza interesse em eleições de 2016, diz 'NYT'

    DE SÃO PAULO

    01/08/2015 17h02

    O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seus assessores começaram a "explorar ativamente" a possibilidade de o democrata entrar na corrida presidencial, segundo o jornal "The New York Times", que cita fontes ligadas ao político.

    A decisão poderia embaralhar o cenário democrata e representar uma ameaça a Hillary Clinton, que lidera com folga a disputa entre os cinco pré-candidatos do partido.

    Mandel/AFP
    O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que estuda se candidatar à Casa Branca, segundo jornal
    O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que estuda se candidatar à Casa Branca, segundo jornal

    As evidências apontadas pelo jornal incluem a aproximação de assessores de Biden a líderes e doadores democratas que ainda não se comprometeram a apoiar Hillary ou que têm demonstrado preocupação com o que seriam vulnerabilidades crescentes da ex-secretária de Estado.

    Em pesquisa do Instituto Quinnipiac divulgada no último dia 22, a democrata aparece atrás dos três principais pré-candidatos republicanos -Jeb Bush, Scott Walker e Marco Rubio- em três importantes Estados-pêndulo (sem preferência partidária): Virginia, Iowa e Colorado.

    No sábado, a colunista do "NYT", Maureen Dowd, publicou que Biden tem feito reuniões em sua casa, "conversando com amigos, familiares e doadores" sobre concorrer com Hillary em Iowa e New Hampshire, onde ocorrem as primeiras primárias.

    Corrida democrata

    O que teria feito o vice-presidente reconsiderar a nomeação foi, segundo um apoiador de longa data, a morte do filho, Beau Biden, que tinha 46 anos, em maio deste ano. Beau teria expressado o desejo de que o pai entrasse na corrida à presidência.

    "Ele era tão próximo de Beau e foi tudo tão devastador que, francamente, pensei que ele não teria força para fazê-lo", disse Michael Thornton, um advogado de Boston próximo a Biden. "Mas tive indícios de que ele talvez quisesse [concorrer] -e achasse que 'isso era o que Beau gostaria' que ele fizesse."

    Se decidir concorrer, o caminho de Biden não seria fácil. Hillary tem enorme apoio (58% das intenções de voto, segundo média do Real Clear Politics) entre os democratas, inspirados pela ideia de eleger uma mulher presidente. Além disso, sua campanha já arrecadou milhões de dólares.

    Disputa nacional para presidencia dos EUA

    Uma sondagem do Quinnipiac divulgada em 30 de julho, contudo, mostra que Biden poderia se sair melhor frente a alguns republicanos: em todo o país, ele aparece um ponto percentual à frente de Bush, enquanto Hillary fica um ponto atrás do republicano.

    A expectativa é que Biden anuncie se concorre ou não em meados de setembro.

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