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    Cuba prende 90 opositores ao regime em ato contra embaixada dos EUA

    DA AFP, EM HAVANA

    09/08/2015 23h42

    Cerca de 90 opositores cubanos, entre eles meia centena de Damas de Branco, foram detidos neste domingo e depois libertados após protestarem usando máscaras do presidente Barack Obama em repúdio à reabertura da embaixada americana na ilha.

    Policiais uniformizados e à paisana, acompanhados de manifestantes governistas, cercaram os opositores e os prenderam às 14h locais (15h de Brasília), quando eles se preparavam para retornar às suas casas após a caminhada dominical tradicional das Damas de Branco, no setor de Miramar, em Havana.

    Vários opositores usavam máscaras com o rosto de Obama, em protesto contra a aproximação dos dois países, iniciada em dezembro.

    "Obama é culpado do que está acontecendo em Cuba, o governo cubano se animou com as negociações" com Washington, declarou o ex-preso político Ángel Moya, marido da líder das Damas de Branco, Berta Soler, ante os demais ativistas em uma praça, minutos antes de ser detido.

    "Obama deve impor condições ao governo cubano para que ponha fim à violação dos direitos humanos", disse Berta à AFP. "Para nós, seria muito importante que, quando Kerry chegar a Cuba para inaugurar oficialmente a embaixada americana (na próxima sexta-feira), possa se reunir com uma representação da sociedade civil cubana."

    Os opositores sabiam que seriam detidos após o movimento, e Moya recomendou aos ativistas que não oferecessem resistência. Nos últimos anos, os dissidentes detidos têm sido libertados horas depois.

    Berta denunciou que este é o 17º domingo consecutivo em que o governo comunista cubano reprime as Damas de Branco, grupo mais visível da oposição cubana, ganhador do Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu em 2005.

    Cuba

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