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    Trump se recusa a pedir desculpas por gafe sobre menstruação

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/08/2015 11h29

    Quatro dias após o debate dos pré-candidato republicanos à Presidência dos EUA, Donald Trump continua dando explicações nesta segunda (10) sobre um comentário supostamente misógino proferido logo após o evento.

    O bilionário e presidenciável afirmou que não teve a intenção de fazer um comentário inapropriado à apresentadora do debate, Megyn Kelly, da Fox News, e que a polêmica é "totalmente inflamada pela imprensa".

    Durante programa veiculado pela NBC, Trump se recusou a pedir desculpas pelo ocorrido, alegando que "peço esculpas quando estou errado".

    Na sexta (7), Trump insinuou que a âncora havia sido agressiva durante o debate de quinta (6) porque estava menstruada. Ele disse que Kelly tinha "sangue saindo dos olhos, sangue saindo... Sei lá de onde".

    A jornalista havia interpelado Trump sobre comentários misóginos que o empresário já fez -ele chamou uma comediante de "porca gorda" e "gorda desleixada".

    Comentando o episódio nesta segunda, o pré-candidato disse que não conseguiu completar seu comentário e, por isso, foi mal compreendido. A fala polêmica foi ao ar durante uma entrevista à emissora CNN.

    Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
    Da esquerda para a direita, Ben Carson, Scott Walker e Donald Trump durante primeiro debate republicano
    Da esquerda para a direita, Ben Carson, Scott Walker e Donald Trump durante primeiro debate republicano

    LIDERANÇA

    O contratempo, no entanto, não parece ter prejudicado suas intenções de voto nas primárias do Partido Republicano. Uma pesquisa da NBC em parceria com a Survey Monkey aponta Trump na liderança isolada, com 23% dos votos, seguido pelo senador Ted Cruz, com 13%. A pesquisa tem uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

    No levantamento da Reuters/Ipsos, Trump aparece com 24% dos votos, o dobro do obtido por Jeb Bush, filho do ex-presidente George Bush pai e irmão do ex-presidente George W. Bush. O estudo tem margem de erro de 6,7 pontos.

    O suposto comentário sobre a menstruação é a última de uma série de declarações polêmicas que o pré-candidato tem feito desde quando lançou sua campanha, em junho.

    Ele já havia dito que o México estava mandando estupradores para os EUA e que o senador republicano John McCain, que foi mantido prisioneiro por quase seis anos no Vietnã, não era herói de guerra —justamente por ter sido capturado.

    Sua declaração a respeito de Kelly rendeu críticas de diversos setores dentro e fora do Partido Republicano, inclusive de sua concorrente à vaga na legenda, Carly Fiorina. Ele ainda foi desconvidado de uma reunião de ativistas conservadores em Atlanta.

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