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    Governo decreta estado de emergência em Ferguson após polícia balear jovem

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/08/2015 18h08

    As autoridades de St. Louis, nos EUA, decretaram nesta segunda-feira (10) estado de emergência em Ferguson depois de um tiroteio durante os protestos em lembrança ao um ano da morte de Michael Brown, 18.

    Durante a troca de tiros, a polícia baleou e feriu gravemente Tyrone Harris Jr., 18. Os agentes dizem que o jovem teria disparado contra eles, mas a família nega que ele estivesse armado e acusam as autoridades de mentir.

    O chefe do condado, Steve Stenger, disse ter tomado a decisão devido à violência da última madrugada. Isso permite que o chefe de polícia, Jon Belmar, aumente o efetivo policial dentro e nos arredores de Ferguson.

    Depois da madrugada violenta, os ativistas convocaram um dia de desobediência civil contra a ação da polícia. Cerca de cem pessoas protestaram em frente ao tribunal de St. Louis pedindo o fim da violência policial.

    Alguns deles saltaram uma barreira colocada em frente à corte e foram presos pela polícia. Outras manifestações estão programadas para a noite na avenida West Florissant, a principal de Ferguson.

    Durante o protesto, a Promotoria acusava formalmente Tyrone Harris Jr. por disparo doloso de arma de fogo, agressão com armas de fogo e ataque às forças de segurança. As autoridades fixaram a fiança em US$ 250 mil.

    ESTADO GRAVE

    O jovem negro passou por cirurgia e continua internado em estado grave. O chefe de polícia, Jon Belmar, afirmou que Harris estava entre as seis pessoas que dispararam contra a polícia no protesto.

    Pela versão da policia, o suspeito disparou contra os vidros de uma van que levava quatro dos agentes à paisana. Os homens dispararam de volta e atingiram o jovem negro, que foi atingido por 12 balas.

    O pai do suspeito, Tyrone Harris Sr., disse que seu filho estava desarmado e fugia do tiroteio. Ele culpou a polícia pela ação e disse que as alegações das autoridades são "um monte de mentiras".

    O membro da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP) John Gaskin disse que boa parte dos manifestantes não acredita na versão policial. Ele, porém, não acredita que haverá uma nova noite violenta.

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