A Justiça militar do Paquistão sentenciou seis militantes islamistas à morte por diversos crimes, incluindo ligações com o ataque do grupo radical Taleban em uma escola em dezembro.
Segundo um comunicado do Exército paquistanês publicado nesta sexta-feira (14), os militantes confessaram diante dos tribunais terem colaborado com o ataque na cidade de Peshawar, no nordeste do país.
Na ocasião, seis atiradores do Taleban disfarçados de militares invadiram uma escola gerida pelo Exército e mataram 145 pessoas, em sua maioria crianças, antes de serem mortos pelas forças de segurança.
O comunicado também informou que os julgamentos foram justos e que os condenados poderão recorrer das sentenças.
Trata-se das primeiras condenações relacionadas ao massacre em Peshawar, que chocou o país e levou o governo paquistanês a retomar a aplicação da pena de morte –a medida havia sido suspensa em 2008.
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Desde então, pelo menos 180 pessoas foram executadas no país. Segundo a Anistia Internacional, apenas o Irã e a China executaram mais prisioneiros que o Paquistão neste ano.
Além disso, um mês após o ataque do Taleban, o Parlamento paquistanês aprovou que cortes militares julguem civis acusados de crimes relacionados ao terrorismo.
O Paquistão tem 190 milhões de habitantes e enfrenta uma insurgência liderada por militantes islamitas do Taleban e de outras facções.