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    Nicolás Maduro promove 'tuitaço' na Venezuela em apoio a Dilma

    SAMY ADGHIRNI
    DE CARACAS

    20/08/2015 21h32

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aderiu ao movimento de apoio ao governo brasileiro e promoveu nesta quinta-feira (20) um "tuitaço" em defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Durante a tarde, as hashtags #AmericaLatinaConBrasil e #LulaDilmaSomosTodos estiveram entre os tópicos mais comentados por usuários do Twitter na Venezuela.

    Mas Eugenio Martinez, um conhecido jornalista de política, disse que o grande volume de postagens é obtido artificialmente.

    "#AmericaLatinaconBrasil é tendência na Venezuela graças ao trabalho de 835 contas que postam 93 tweets por minuto", escreveu.

    Não foi possível verificar a acusação.

    Alexandre Aragão/Folhapress
    Manifestantes participam de ato de apoio ao governo na avenida Paulista, em São Paulo
    Manifestantes participam de ato de apoio ao governo na avenida Paulista, em São Paulo

    O tuitaço começou por volta das 13h locais, quando Maduro divulgou post em português: "Junto-me à jornada mundial de solidariedade e amor ao Brasil."

    O tema foi retuitado por pesos pesados do chavismo. "Por nossa pátria grande livre e soberana, nos unimos ao povo irmão do Brasil para dizer LulaDilmaSomosTodos", escreveu o governador do Estado de Aragua, Tareck El Aissami.

    A chanceler Delcy Rodríguez disse que o governo petista é alvo de uma tentativa de "golpe suave" orquestrado pelo "império", referência aos EUA.

    Simpatizantes chavistas postaram imagens das marchas de apoio a Dilma em cidades brasileiras.

    Alguns internautas venezuelanos, porém, rechaçaram a campanha.

    Um tuíte dizia: "Entre ladrões, se entendem". Outro justificou a pressão contra Dilma. "Ela trabalha mal, e a corrupção interna é tremenda. Deve renunciar ou ser destituída."

    A preocupação das autoridades venezuelanas com uma eventual mudança de governo em Brasília se explica pelos laços econômicos estreitos –que permitem à Venezuela manter investimentos e importações de alimentos do Brasil apesar das dificuldades de pagamento– e pelo apoio político no tabuleiro internacional.

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